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Flexibilização do Japão das normas de importação de carne favorece JBS USA

A expectativa do mercado é que a decisão eleve as exportações da JBS por meio de sua divisão nos EUA, a JBS USA (que inclui os negócios de frango e suíno), responsável por cerca de 70% das receitas da empresa.

Em meio ao ajuste de produção feito pela indústria de bovinos dos Estados Unidos para ampliar as margens operacionais, a JBS recebeu outra boa notícia do mercado americano. Tema muito especulados nos últimos dias, o Japão vai mesmo relaxar as restrições para a importação de carne bovina dos EUA a partir de 1º de fevereiro, confirmou o diretor financeiro da JBS, Jeremiah O’Callaghan.

Na BMF&Bovespa, os investidores reagiram bem. As ações da JBS fecharam o pregão em 23/jan cotadas a R$ 7,36, alta de 6,35%, a maior valorização do Ibovespa. A expectativa do mercado é que a decisão eleve as exportações da JBS por meio de sua divisão nos EUA, a JBS USA (que inclui os negócios de frango e suíno), responsável por cerca de 70% das receitas da empresa. O’Callaghan não revelou o retorno esperado pela JBS, mas disse que o impacto será “relevante”.

O Japão permitirá a compra de carne de bovinos abatidos nos EUA até os 30 meses de idade. Hoje, só são aceitos animais de até 20 meses. As restrições atuais estão relacionadas ao caso de “vaca louca” detectado no território americano em 2003 – os animais mais velhos têm mais chances de contrair a doença. Naquele momento, EUA eram os maiores exportadores de carne bovina para o Japão. Com os problemas, os americanos perderam a liderança para a Austrália.

A flexibilização das restrições vinha sendo negociada há algum tempo. Em outubro de 2012, a própria Comissão de Segurança Alimentar do Japão recomendou a mudança. Além da questão sanitária, os elevados custos do milho no país também podem ter pesado na decisão, segundo Maurício Nogueira, sócio-diretor da consultoria Bigma. “Como o preço do milho está alto, os americanos podem levar mais tempo para engordar o animal”, diz. Estima-se que o gado seja abatido nos EUA com uma idade média de 18 meses.

Fonte: jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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