Mercados Futuros – 23/09/08
24 de setembro de 2008
Política de “desintegrar para entregar” : a criação de “enclaves” na Amazônia
26 de setembro de 2008

Financial Times: Brasil pode estar acumulando problemas

"Assim como o Brasil se beneficiou do aumento nas taxas de crescimento globais e dos mercados de crédito nos últimos anos, a recente inversão da tendência de crescimento e crédito paradoxalmente poderá se revelar benéfica", escreve o jornal Financial Times (FT) desta quinta-feira. Esses seriam alguns dos sintomas da "sorte" brasileira. Porém, ao mesmo tempo, o país estaria acumulando problemas. "Com o aumento da inflação nos últimos meses, mantê-la sob controle ficou aos cuidados do Banco Central. O papel da política fiscal, que continua sendo altamente expansionista, tem sido ignorado".

“Assim como o Brasil se beneficiou do aumento nas taxas de crescimento globais e dos mercados de crédito nos últimos anos, a recente inversão da tendência de crescimento e crédito paradoxalmente poderá se revelar benéfica”, escreve o jornal Financial Times (FT) desta quinta-feira.

O jornal inglês diz que, nos últimos meses, a economia brasileira corria o risco de superaquecer devido ao aumento de consumo. Com a crise financeira, a economia brasileira pode esfriar sem reduzir demais o crescimento, segundo os economistas consultados. “Os efeitos (da crise financeira mundial) serão muito mais benignos aqui do que nos países desenvolvidos”, disse o economista-chefe de um grande banco estrangeiro em São Paulo.

Esses seriam alguns dos sintomas da “sorte” brasileira. Porém, ao mesmo tempo, o país estaria acumulando problemas. “Com o aumento da inflação nos últimos meses, mantê-la sob controle ficou aos cuidados do Banco Central. O papel da política fiscal, que continua sendo altamente expansionista, tem sido ignorado”, escreve o FT.

Segundo o economista Sérgio Vale, os gastos públicos podem abrir espaço para “coisas ruins”. “O governo não vê os gastos públicos como um fator na inflação. Ele os vê como contribuição para o crescimento”, disse.

“Se o Brasil perder o controle da política fiscal, ele poderá minar a política monetária. No final, as expectativas de inflação a longo prazo são determinadas pela política fiscal, não pela política monetária”, disse Augusto de la Torre, economista-chefe para América Latina e Caribe do Banco Mundial.

A matéria foi publicada no site do Uol, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress