Segundo reportagem de Rosangela Valente, publicada hoje na Gazeta Mercantil, pelo menos 10% do rebanho bovino, de 24,7 milhões de cabeças, devem sair dos pastos sul-mato-grossenses nos próximos seis meses.
A liberação do comércio de animais em pé e de carcaças depende da decisão do governo federal, sendo que, ou essa poderá ser retomada ainda este mês, após a reunião da Comissão de Febre Aftosa do Escritório Internacional de Epizootia (OIE), nos dia 22 a 26 de janeiro, em Paris, ou essa medida terá que esperar até maio, quando reúnem-se os representantes dos 155 países da OIE para deliberar sobre o parecer da comissão. Durante o processo de credenciamento, o estado só pode mandar carne desossada para os mercados já considerados livres da aftosa. Esse foi um dos motivos do crescimento de 21,5% do rebanho sul-mato-grossense, que saltou de 20,3 milhões em 1999 para 24,7 milhões de animais apurados na campanha de vacinação do ano passado.
De acordo com o diretor-presidente da Agência Estadual de Sanidade Animal e Vegetal (Iagro), Loacir Silva, o represamento de animais com as barreiras sanitárias da febre aftosa acentuou o problema de pastagens no estado, sendo que o fim das barreiras sanitárias deve reativar o mercado de gado magro, onde os animais seguem para engorda em outros estados, principalmente em São Paulo e no Paraná. Além disso, serão necessárias medidas como a aplicação de adubos e corretivos para melhorar o problema da pastagem.
Por Rosangela Valente, para Gazeta Mercantil, 17/01/01