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Fertilizantes: vendas aumentam após recuo nos preços

Após uma queda superior a 15% nos preços dos fertilizantes os produtores retomaram as compras. Após quatro meses de retração a Associação Nacional Para Difusão de Adubos (Anda) deve divulgar amanhã um aumento significativo nas vendas do mês de janeiro. Dados preliminares apontam para uma carteira de pedidos superior a 1,2 milhão de toneladas, sendo que a média histórica para o mês é de 1 milhão.

Após uma queda superior a 15% nos preços dos fertilizantes os produtores retomaram as compras. Após quatro meses de retração a Associação Nacional Para Difusão de Adubos (Anda) deve divulgar amanhã um aumento significativo nas vendas do mês de janeiro. Dados preliminares apontam para uma carteira de pedidos superior a 1,2 milhão de toneladas, sendo que a média histórica para o mês é de 1 milhão.

Além da melhoria na relação de troca para o produtor, a demanda puxada pela alta nos preços dos grãos teve um impacto positivo no setor de insumos. “O mercado está se movimentando na medida em que as relações de troca estão favoráveis”, disse Eduardo Daher, diretor executivo da Anda.

Durante todo o ano de 2008, a relação de troca de fertilizantes e produtos agrícolas foi praticamente inviabilizada. No caso da cana-de-açúcar, enquanto em 2007 eram necessárias 19,8 toneladas para o produtor adquirir uma tonelada de fertilizante, no último ano o volume necessário disparou para 36,4 toneladas. “Hoje com a valorização do dólar o produtor está fazendo as contas e já volta a investir”, afirmou Daher.

No entanto, o executivo ressalta que o resultado observado em janeiro ainda não pode ser considerado uma tendência, mas apenas um episódio. “Estamos no meio da crise como todos. O mês de fevereiro é mais complicado”, disse, destacando o fato de que o mês tem apenas 28 dias, sendo quase uma semana de comercializações limitadas com o feriado de carnaval.

Os estoques elevados seriam um dos principais motivos que irão segurar os preços durante 2009. Nesta safra as empresas do setor tiveram um estoque de passagem da ordem de 7 milhões de toneladas – quase 30% do consumo anual – com esse volume, mesmo que seja confirmada a venda de 1,2 milhão de toneladas, os estoques continuam acima de 5,5 milhões, quantidade suficiente para produzir até abril.

A Mosaic teve um quarto trimestre fiscal considerado “delicado” por James T. Prokopankoem, diretor executivo da empresa, em razão da queda dos preços de venda dos fertilizantes em oposição ao custo da matéria-prima.

A Yara Brasil Fertilizantes informou que registrou um prejuízo de R$ 356,894 milhões em 2008, ante um lucro líquido de R$ 87,582 milhões no período anterior. Segundo nota da companhia, o prejuízo teve origem na queda dos preços das matérias-primas que se encontravam nos estoques.

A Bunge registrou prejuízo líquido de US$ 210 milhões no quarto trimestre do ano passado. O resultado contrasta com o lucro líquido de US$ 245 milhões obtido no mesmo período do ano anterior.

A matéria é de Priscila Machado, publicada no Diário do Comércio e Indústria/SP, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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