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Fenação: utilize os equipamentos no momento correto

Para este método de conservação de volumoso, enfardar a forragem em um curto espaço de tempo acaba sendo a prerrogativa principal.

Na região Centro-Sul do nosso país as chuvas estão se intensificando e os produtores que confeccionam feno aproveitam este momento, devido ao crescimento acelerado das plantas, para estocar forragem.

Embora as chuvas tragam benefícios sob a ótica de ‘produção de massa’, elas também podem trazer prejuízos quando a forragem se encontra emurchecendo no campo durante o processo de fenação. Portanto, para este método de conservação de volumoso, enfardar a forragem em um curto espaço de tempo acaba sendo a prerrogativa principal.

O pecuarista pode lançar mão de algumas alternativas para acelerar a perda de água nas plantas, principalmente quando pensamos em maquinários. O mercado disponibiliza as ceifadoras condicionadoras, as quais promovem o corte da forragem e logo em seguida causa ‘danos’ (esmagamento, por exemplo) no caule para que a secagem seja em menor tempo. Outro equipamento muito utilizado para auxiliar no emurchecimento é o ancinho, o qual inverte as leiras de forragem, acelerando e uniformizando a secagem. Contudo este maquinário deve ser utilizado com cautela porque as plantas quando estão emurchecendo apresentam diferentes etapas. Vejamos quais são elas a seguir:

A primeira etapa de secagem é rápida e envolve intensa perda de água, durante a qual os estômatos das plantas permanecem abertos. Embora, os estômatos se fechem em aproximadamente 1 hora após o corte, ou quando as plantas possuem de 65 a 70% de umidade, de 20 a 30% do total de água é perdido nesta primeira fase. Numa segunda etapa, após o fechamento dos estômatos, a perda de água acontece via evaporação pela cutícula (camada limítrofe do tecido vegetal). Assim, as características das folhas e a estrutura da planta afetam a duração desta fase de secagem.

Portanto, esta é uma fase lenta e difícil da água da planta de mover para o ambiente, se tornando muito dependente do manejo. Na fase final de secagem, ou seja, na terceira etapa, em função da lise da célula ocorre rápida perda de água. A fase final da secagem se inicia quando a umidade da planta atinge cerca de 50%, sendo menos influenciada pelo manejo e mais sensível às condições climáticas do que as anteriores, principalmente à umidade relativa do ar.

Desse modo, o uso frequente de ancinho pode ser mais eficiente quando o conteúdo de água da leira varia de 70 a 50%, ou seja, deve se iniciar algumas horas após a ceifa. Durante esta fase, a forragem na superfície seca rapidamente, enquanto dentro da leira a desidratação é lenta. Assim, cada movimentação da leira proporciona condições apropriadas para a secagem. Além disto, com a forragem tornando-se mais leve devido a perda de água, uma nova ação do ancinho propicia leiras mais abertas, com menor resistência a perda de água. Contudo, com o conteúdo de água abaixo de 50% a leira entra em um estágio onde o uso do ancinho não é tão eficiente. Tal fato ocorre porque nessa fase a taxa de secagem é mais influenciada pela resistência da planta do que pela estrutura da leira. Nessa etapa a umidade de equilíbrio entre o ambiente e a planta assume grande importância no processo.

O uso de ancinhos para promover a inversão das leiras não se aplica em leguminosas devido a intensa perda de folhas, contudo, podem ser benéficos, após chuvas, ou quando as condições de secagem são inadequadas.

Portanto, a utilização do ancinho acaba sendo importante quando as plantas possuem conteúdo intermediário de umidade (segunda etapa). Fazer uso do ancinho logo após o corte é desnecessário e ainda leva ao aumento de custos no processo pela movimentação dos maquinários. Do mesmo modo, utilizá-lo na fase final da secagem pode levar a intensa perda de folhas, o que irá afetar negativamente o valor nutritivo do feno.

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