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Fechada para clientes, churrascaria assa carne na calçada na zona leste de SP

Desde as 3h deste domingo cerca de 80 quilos de costela permaneceram rodeadas de fogo, na calçada de uma churrascaria, chamando a atenção de pedestres e motoristas que passaram pela avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello, na Vila Prudente, na zona leste da capital paulista.

O churrasco ao ar livre foi uma ideia do empresário Nathan Eduardo Marcon, que decidiu reproduzir na calçada de seu estabelecimento, fechado para clientes em razão da quarentena, o tradicional costelão de fogo de chão, popular maneira de se assar carne na região sul do país.
Em decorrência da pandemia da Covid-19, funcionários que preparavam a carne, todos de máscaras, ficaram distanciados do público por uma faixa de contenção. Clientes só foram ao local, de carro, para pegar suas porções de carne e voltar para casa.


Natural de São Miguel do Oeste (SC), a 650 km de Florianópolis, Marcon
afirmou que neste domingo organizou pela primeira vez o costelão de chão em quase um ano de funcionamento da churrascaria Nativas

Cerca de 80 quilos de costela assaram com a tradicional técnica de fogo de chão, em frente uma
churrascaria, na madrugada deste domingo (24), na zona leste da capital paulista –
Divulgação/Churrascaria Nativas

“Posso afirmar que aumentou em 50% a procura por costela neste domingo, em relação a fins de semana anteriores”, garantiu o empresário. Ele acrescentou ainda que, desde o início da quarentena, o movimento em seu comércio caiu mais de 90%.

As costelas assaram por cerca de oitos horas, até as 11h, quando foram disponibilizadas para a venda. Em pouco mais de duas horas, todos os 80 quilos da iguaria foram vendidos. “Não deu nem para o cheio”, comemorou Marcon, garantindo que no próximo domingo fará tudo de novo, acrescentando ao cardápio carne de porco.

Depois disso, ele rodeou as costelas, já suspensas nos suportes, com toras de eucalipto, nas quais ateou fogo a uma distância de aproximadamente 80 centímetros das carnes. “Como ventou muito de madrugada e de manhã, demorou um pouco mais para a carne assar”, explicou.

O tempo médio para a costela assar é de seis horas, mas em decorrência da ventania, as costelas ficaram prontas em cerca de oito horas.

Comida para um batalhão

Vivendo em São Paulo há 35 anos, o técnico em eletrônica Retty Salas, 53 anos, relembrou do Paraguai, sua terra natal, ao presenciar o costelão de fogo de chão, no meio de zona leste.

Cliente assíduo da churrascaria Nativas, ele comprou cinco quilos de costela, que iria dividir com a família neste domingo. “Venho três vezes por semana aqui [churrascaria]. Mas hoje [domingo], é a primeira vez que compro o costelão. Vou logo levar a costela para casa, para dividir com todo mundo.”

Uma porção para quatro pessoas custa R$ 89,00.

Fonte: SP Agora, Folha de São Paulo.

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