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FDA (EUA) completa investigação sobre foco de vaca-louca, caso raro

Os resultados das investigações apoiam a conclusão original de que o caso de abril foi uma variedade “atípica” que parece ocorrer espontaneamente em casos extremamente raros. A “feed ban” – barreiras impostas às rações – de 1997 e a “enhance feed rule” – lei de melhora na ração – estão trabalhando como deveriam para prevenir a EEB nos Estados Unidos.

Após a descoberta de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) em uma vaca leiteira da Califórnia em abril de 2012, a Administração para Alimentos e Drogas (FDA, sigla em inglês) conduziu uma extensiva investigação dos fornecedores de alimentos animais e não encontrou violações ou evidências de uma fonte alimentícia da infecção.

O animal, uma vaca holandesa de 10 anos de idade, sofreu eutanásia após ter desenvolvido claudicação, e amostras de seus tecidos foram enviadas para análise. Os resultados de vários laboratórios confirmaram que a vaca era positiva para uma EEB atípica. Os investigadores localizaram e testaram um filho dessa vaca, que era negativo para a doença. A carne do animal infectado não entrou na cadeia de alimentos para humanos.

Durante os últimos meses, o FDA, em cooperação com o Departamento de Alimentos e Agricultura da Califórnia (CDFA), investigou a vaca leiteira infectada e obteve o histórico alimentício de toda sua vida. As agências, então, investigaram 12 fornecedores de alimentos e revisaram sua história de cumprimento com as regulamentações referentes à EEB.

De acordo com o relatório do FDA, “Revisão de históricos de inspeção de EEB mostraram que o cumprimento com as regulamentações das rações referentes à EEB eram excelentes. Nenhum dos estabelecimentos usou material proibido em sua ração processada durante todo o período de interesse”.

Uma fábrica tinha pequenas deficiências em suas práticas de processamento de alimentos medicados, requerendo uma ação voluntária. Antes do período de interesse, uma firma não passou pela inspeção de abril de 2000, porque tinha procedimentos inadequados de limpeza e não rotulou corretamente produtos potencialmente contendo materiais proibidos com o aviso obrigatório: “não forneça o alimento a bovinos ou outros ruminantes”. A próxima inspeção feita nessa fábrica, em maio de 2001 – seis meses antes do nascimento da vaca infectada com EEB esse ano – mostrou que a mesma não usava mais matérias proibidos.

Seis das fábricas de ração investigadas usavam somente fontes de proteína de origem vegetal em suas rações, enquanto outras seis usavam alguns ingredientes de proteína derivados de animais, cumprindo com as regulamentações do FDA. Três fábricas distribuíam ou vendiam ração para animais de estimação, mas mantinham essa produção em áreas separadas, com o aviso para não fornecer para bovinos ou outros ruminantes, conforme requerido.

Os resultados das investigações apoiam a conclusão original de que o caso de abril foi uma variedade “atípica” que parece ocorrer espontaneamente em casos extremamente raros. A “feed ban” – barreiras impostas às rações – de 1997 e a “enhance feed rule” – lei de melhora na ração – estão trabalhando como deveriam para prevenir a EEB nos Estados Unidos.

A reportagem é da Drovers, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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