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Fazenda Futuro recebe aporte de R$ 115 milhões

A startup Fazenda Futuro, líder em carnes a base de plantas no Brasil, recebeu um aporte de 115 milhões de reais nesta terça-feira, elevando seu valor de mercado para 715 milhões de reais. O investimento foi liderado pelo BTG Pactual (do mesmo grupo que controla a Exame), ENFINI Investments (Grupo PWR Capital) e os investidores da primeira rodada Monashees e Go4it Capital.

É o segundo aporte recebido pela companhia criada ano passado pelos empreendedores Marcos Leta e Alfredo Strechinsky, fundadores da sucos do bem, vendida para Ambev em 2016. Em julho do ano passado a companhia havia recebido 8 milhões de dólares dos fundos Monashees e Go4It — num valor de mercado de 400 milhões de reais. Os recursos, na época, foram usados para ampliar a fábrica da empresa, localizada em Volta Redonda, no interior do Rio, de 115 para 600 toneladas mensais. Agora, a ideia é turbinar o crescimento nos Estados Unidos e na Europa.

“Temos agora a oportunidade de ser um player global em plant based. Agora vamos acelerar”, diz Leta. “Estamos fechando contrato com distribuidores e já contratando o time comercial de marketing por lá. No Brasil, vamos continuar subindo o nível tecnológico e aumentando o portfólio de produtos”. Com uma presença maior nos Estados Unidos, a companhia estuda um novo aporte, este 100% em dólar, no ano que vem.

Lá fora, a companhia adota a marca Future Farm, e tem como principal concorrente a americana Beyond Meat, que já vale 8 bilhões de dólares na bolsa, e anunciou recentemente alta de 195% nas vendas em meio à pandemia do novo coronavírus.

Hambúrgueres, almôndegas, carne moída e linguiça da Fazenda Futuro já são vendidos na Holanda, e estão entrando também na Alemanha, no Reino Unido, na Austrália e no Oriente Médio. Em julho a empresa conseguiu autorização da FDA, a anvisa do Estados Unidos, para começar a vender no país.

Uma das principais vantagens competitivas da Fazenda Futuro é uma estrutura de produção verticalizada, que permite vender seus produtos por até metade do preço dos principais concorrentes nos mercados desenvolvidos. Ainda assim, Leta afirma que sua companhia consegue margem bruta de 44%, ante 34% da Beyond Meat.

O principal objetivo de Leta é fazer sua empresa brigar de igual para igual não com as marcas veganas, mas com os grandes frigoríficos de carne tradicional. No Brasil, é um negócio de 222 bilhões de reais. Novas “carnes”, como de frango e de peixe, estão no radar — agora, turbinada pelo novo aporte, a companhia pode fazer o futuro ficar mais perto.

Fonte: Exame.

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