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Fazenda Futuro diversifica portfólio e começa a exportar aos Estados Unidos

A Fazenda Futuro, foodtech liderada pelo carioca Marcos Leta, iniciou 2021 com um novo hambúrguer de carne vegetal e planos de levar o produto – e todo o seu portfólio – para os Estados Unidos a partir de março. Com lançamento programado para esta quinta-feira, o Futuro Burguer 2030 chega ao varejo com menos sódio e gordura que seu antecessor, o Futuro 2.0. 

A novidade começará a ser vendida nos próximos dias nas lojas das redes Grupo Pão de Açúcar (GPA), St Marche e Zaffari, e também no food service, com preço sugerido de R$ 18,90. Desde meados de 2019, a empresa vem ampliando seu portfólio com produtos plant-based, e almôndegas, carne moída, linguiça toscana e frango estão no cardápio. 

Este ano, segundo Leta, será o ano da “colheita dos frutos” para a foodtech. O empresário carioca e seu sócio Alfredo Strechinsky criaram a sucos Do Bem, que foi vendida em 2016 para a Ambev. O planejamento para atualizar a matriz proteica à base de plantas teve início em setembro de 2019, assim que o Futuro 2.0 foi lançado.

“Nosso próprio produto ficou obsoleto”, diz o líder da foodtech, que destaca a baixa quantidade de sódio e gordura da nova matriz em comparação aos produtos de grandes concorrentes americanas, como Impossible Foods e Beyond Meat, pioneiras no segmento. A tecnologia utilizada na nova proteína também será incorporada, após uma série de testes, ao restante do portfólio. 

O nome para o novo hambúrguer – Futuro Burguer 2030 – foi inspirado na Agenda ONU 2030, compromisso estabelecido em 2015 para a erradicação da pobreza e a promoção do desenvolvimento econômico, social e ambiental em escala global. Essa toada sustentável será mais um pilar para a manutenção dos planos de expansão da foodtech, que adotou a tecnologia americana Eco-one para suas embalagens, com compostos orgânicos que se biodegram totalmente em um prazo de dois a cinco anos. 

A Fazenda Futuro também continua com o foco nos consumidores de carne tradicional e nos chamados “flexitarianos” – aqueles que procuram ingerir alimentos à base de proteínas vegetais, mas que não se reconhecem como vegetarianos. 

No front externo, em 2020 a empresa ampliou sua rede de relacionamento para conquistar novos mercados. Com os EUA, a Fazenda Futuro já vende seus produtos em 14 países no total. 

Localizada em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, a planta da empresa tem capacidade para produzir 600 toneladas por mês, destinadas aos mercados doméstico e externo. “Já tentaram internacionalizar leite condensado, pão de queijo e brigadeiro e nunca deu certo, mas agora é a hora do plant-based”, diz Leta, que vê na categoria de carnes vegetais uma oportunidade para conectar jovens a um propósito: diminuir o consumo de carnes. 

A Fazenda Futuro não divulga dados de faturamento, mas recebeu em julho de 2019 um aporte de US$ 8,5 milhões para ampliar a fábrica de Volta Redonda. O investimento foi liderado pela gestora brasileira de venture capital Monashees, que avaliou a companhia em cerca de US$ 100 milhões. 

Mesmo com grandes companhias entrando no mercado de plant-based no Brasil, como Marfrig, BRF e Seara, Leta confia no avanço de seus negócios. Para o empresário, companhias menores, mas com propósitos bem definidos estão, aos poucos, conquistando seu espaço no mercado. 

Fonte: Valor Econômico.

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