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Farm Bill não deve prejudicar o Brasil

O pacote agrícola aprovado nesta semana pelo Senado dos Estados Unidos pode não ser tão negativo para a agricultura brasileira quanto parece. A avaliação é do especialista em agricultura e comércio exterior da Esalq-USP, Marcos Jank. Segundo ele, a versão aprovada abre possibilidade para que a política agrícola norte-americana seja alterada no meio da década com eventual redução dos subsídios. Isso porque o pacote terá duração de cinco anos.

Mesmo com volume de recursos muito negativos para os exportadores brasileiros, em especial para os setores de soja e algodão, a versão aprovada traz um ponto positivo. Foi determinado teto de 275 mil dólares no total de subsídios a que cada propriedade rural terá direito de receber anualmente. A limitação irá atingir justamente os produtores norte-americanos que competem com os brasileiros. Além de manter o orçamento de 11 bilhões de dólares por ano para a agricultura o projeto garante mais 45 bilhões de dólares para os próximos cinco anos.

Indefinição sobre veto

O presidente George W. Bush afirmou ontem que está decepcionado com o projeto de lei agrícola (farm Bill) aprovado pelo Senado e recusou-se a comentar se dará um veto total à legislação. Ele informou apenas que pressionará os legisladores para que apresentem maiores alterações quando o projeto de lei for apresentado à comissão que faz os ajustes nos projetos separados da Câmara e do Senado. Esse trabalho deve ficar pronto até meados de março.

O controvertido projeto de lei, aprovado pelo Senado, limita os pagamentos anuais de subsídios a produtores individuais, duplica os gastos com proteção ao meio ambiente e proíbe os grandes frigoríficos e beneficiadores de carne de serem proprietários e criadores dos animais que eles mesmos abaterão. O Senado aprovou o projeto na quarta-feira, por 50 votos a 40, que aumentaria em US$ 45 bilhões os gastos com programas agrícolas, durante os próximos cinco anos. Caso o projeto seja renovado por outros cinco anos em 2006, o custo total previsto pelos legisladores seria de US$ 171 bilhões.

Fonte: Correio do Povo/RS e Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint

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