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FAO prevê aumento de 2,2% na produção mundial de carne em 2021

A FAO acaba de publicar seu relatório de previsão sobre a produção de alimentos e carne em todo o mundo. Conclui-se que a produção global crescerá 3,4%, para 345,6 milhões de t em 2021. O crescimento virá de mãos dadas com o aumento da produção na China, Brasil, Vietnã e Estados Unido e na UE em virtude da queda na produção em outros grandes países como Austrália, Filipinas ou Argentina.

Na China, a produção está prevista para ultrapassar 83 milhões de toneladas, 5 milhões de toneladas ou 6,5%, mais que no ano passado, com todos os tipos de carne mostrando aumentos. A estimativa é que a carne suína responda por mais de 80% da produção total de carne e continuará crescendo devido aos altos investimentos na cadeia de valor da carne suína e aos esforços para controlar a propagação do vírus da peste suína africana (PPA). Apesar da expansão, a produção total de carne da China está estimada em 5,7 milhões de toneladas abaixo dos níveis de 2018, levando as importações do Brasil e da UE.

Já o comércio mundial de carnes deve chegar a 42 milhões de t em 2021, o que representa uma certa estagnação em relação a 2020 com apenas um aumento de 0,4%. Prevê-se uma diminuição nas importações de países como China, EUA e Reino Unido.

Em relação à China, a previsão é que importe 11 milhões de toneladas, 2,2% a menos que em 2020, devido à melhora interna da produção e à redução dos preços.

Entre os demais países com maiores importações, expansões notáveis ​​são esperadas nas Filipinas e na República da Coreia devido a prováveis ​​quedas de produtos, enquanto na Arábia Saudita, Japão, Emirados Árabes Unidos e México, os aumentos são atribuídos principalmente à possível reativação das vendas do canal de foodservice. Na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos, o aumento dos preços do petróleo, um aumento antecipado no turismo e um fluxo maior de trabalhadores expatriados aumentariam as importações.

Em relação às exportações, a provável reativação do canal de foodservice devido ao relaxamento do distanciamento físico poderia aumentar a demanda por produtos cárneos, principalmente em países com maior vacinação contra COVID-19, permitindo que países exportadores enviem mais carnes como é o caso do Brasil, os Estados Unidos e a Tailândia.

Finalmente, o consumo per capita mundial para este ano de 2021 poderia crescer 1,2% para 43,5 kg / pessoa em comparação com 43 kg em 2020.

Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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