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FAO: grãos não devem ter altas elevadas em 2009

Embora a previsão seja de queda da produção mundial de cereais na safra 2008/09, esse recuo dificilmente causará altas dos preços dos alimentos. Segundo avaliação da Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), o declínio da produção será compensado pela elevação dos estoques mundiais, que foi possível com a colheita recorde na temporada 2007/08. A crise econômica global deverá ser outro fator a estancar a disparada dos preços, avalia a FAO.

Embora a previsão seja de queda da produção mundial de cereais na safra 2008/09, esse recuo dificilmente causará altas dos preços dos alimentos. Segundo avaliação da Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), o declínio da produção será compensado pela elevação dos estoques mundiais, que foi possível com a colheita recorde na temporada 2007/08.

A crise econômica global deverá ser outro fator a estancar a disparada dos preços, avalia a FAO. De acordo com a agência, a difícil situação da economia poderá “pesar negativamente na demanda por cereais, por alimentação animal e biocombustíveis, resultando em maior oferta [de alimentos] e preços mais reduzidos nos mercados mundiais”.

A safra mundial de cereais na temporada 2008/09 é estimada em 2,217 bilhões de toneladas, volume que, se confirmado, será o segundo maior da história. Ainda assim, ele deverá ser menor que o da safra 2007/08, que tende a terminar com uma produção global de 2,289 bilhões de toneladas.

Em termos percentuais, a América do Sul deverá ter a maior queda na produção de grãos na temporada 2008/09. O recuo deve ocorrer em virtude de uma combinação de clima ruim e altos preços dos fertilizantes, que fizeram com que o uso do insumo fosse diminuído, diz a FAO.

A produção de milho deverá ser de 1,1 bilhão de toneladas, ou 3,7% a menos que o recorde de 2007/08. O resultado é atribuído principalmente à queda de 40% na Argentina e de 16% no Brasil.

Os países pobres diminuíram as importações de alimentos, mas essa redução e os subsídios mantiveram os preços elevados nesses países. A agência afirma que 32 países estão em situação de urgência alimentar, apesar da produção elevada. Isso significa, avalia a FAO, que a crise alimentar é provocada pela desigualdade de renda, e não por falta de produção agrícola.

A matéria é de Assis Moreira, publicada no jornal Valor Econômico, resumidas e adaptada pela Equipe AgriPoint.

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