Pesquisa de intenção de confinamento Assocon – outubro de 2008
15 de outubro de 2008
Mercados Futuros – 16/10/08
17 de outubro de 2008

FAO: cresce número de pessoas com fome na AL

Na América Latina e no Caribe, 51 milhões de pessoas sofrem com a fome, um aumento de seis milhões no último ano devido à crise alimentar, disse o coordenador da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) para a América Central, Deodoro Roca. "A crise nos fez regredir seriamente", disse Roca. "Com isso, perdemos quase tudo o ganhamos desde 1990, quando o total chegava a 53 milhões".

Na América Latina e no Caribe, 51 milhões de pessoas sofrem com a fome, um aumento de seis milhões no último ano devido à crise alimentar, disse o coordenador da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) para a América Central, Deodoro Roca. “A crise nos fez regredir seriamente”, disse Roca. “Com isso, perdemos quase tudo o ganhamos desde 1990, quando o total chegava a 53 milhões”.

Para a FAO os níveis de inflação dos alimentos e o aumento nos preços do petróleo, dos fertilizantes e dos agroquímicos permitem previsões que indicam que os preços não voltarão aos níveis anteriores aos da crise, ficando 30% ou 40% acima. No entanto, a FAO considera que o aumento rápido dos preços atacadistas de produtos básicos “parece ter passado”, devido em parte a uma produção maior e em parte à retirada de capitais especulativos dos mercados internacionais de produtos básicos.

Segundo a FAO, no último ano a produção de cereais na América Latina subiu 7%. “Não faltam alimentos, o problema é que custam muito caro e, por isso, são menos acessíveis, em especial para os setores de menores investimentos onde a cesta básica tem um maior peso específico no orçamento familiar”, disse Roca. Ele assegurou que na maioria dos países latino-americanos o aumento da cesta básica familiar foi de dois dígitos, em índices superiores à inflação geral.

Como soluções para enfrentar o problema da fome e a desnutrição, “é preciso retomar a produção de alimentos básicos, negligenciada na última década”, disse Roca, já que “sem uma capacidade produtiva local se está à mercê de vaivéns internacionais sobre os quais os países não têm controle”.

O índice FAO dos preços dos alimentos teve aumento de 12% em 2006 em relação ao ano anterior, de 24%, em 2007, e de 50%, durante os sete primeiros meses deste ano, acrescentou o diretor da FAO, Jacques Diouf. A alta dos preços dos alimentos ameaça também reverter todos os avanços globais com desenvolvimento e levar 100 milhões de pessoas em todo o mundo para baixo da linha de pobreza, advertiram o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-Moon, e o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick.

As informações são da Folha Online, adaptadas e resumidas pela Equipe AgriPoint.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress