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FAO aponta perdas anuais de US$ 314 bi com pragas e doenças em seis países, incluindo o Brasil

Espécies invasivas de plantas, animais, insetos e micróbios provocam danos e perdas anuais de US$ 314 bilhões em apenas seis países (Brasil, EUA, Austrália, India, Africa do Sul e Reino Unido), segundo relatório publicado hoje pela FAO, a Agência das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.

Conforme a FAO, em nenhum outro momento da história os sistemas agroalimentares estiveram diante de um conjunto tão novo e sem precedentes de perigos, incluindo mega-incêndios, condições meteorológicas extremas, enxames de gafanhotos do deserto e ameaças biológicas emergentes, como a pandemia de covid-19.

A avaliação é que a agricultura amarga a maior parte das perdas financeiras causadas por catástrofes cuja frequência, intensidade e complexidade não param de aumentar.

A pandemia da covid-19 amplifica os riscos e constitui um peso suplementar para os sistemas agroalimentares, e produz efeitos negativos em cascata sobre as vidas humanas, os meios de subsistência e as economias no mundo inteiro, segundo o relatório.

De 2008 a 2018, os efeitos de catástrofes custaram mais de US$ 108 bilhões em prejuízos ou perdas de colheita e produção animal em países em desenvolvimento. Nesse período, a Ásia foi a região mais atingida, com perdas económicas de US$ 49 bilhões, seguido da Africa, com US$ 30 bilhões, e da América Latina e do Caribe, com US$ 29 bilhões.

A seca é o primeiro fator de perdas de produção agrícola, seguida por inundações, pragas e doenças, e incêndios. Mais de 34% da perda de produção vegetal e animal nos países pobres e de renda intermediária são causados pela seca, com custo global de US$ 37 bilhões.

Na América Latina e no Caribe, a estimativa é que os estragos causados por catástrofes equivalem a 975 calorias por habitante por dia, ou 40% do aporte diário recomendado.

Para a FAO, investimentos na resiliência e na redução de riscos de catástrofes são de importância capital para garantir uma agricultura perene.

Fonte: Valor Econômico.

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