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Famato propõe preço mínimo para boi gordo e novas linhas de crédito

Segundo Rui Prado, a pesquisa do Imea identificou também que a rentabilidade da pecuária em Mato Grosso, que tem o maior rebanho bovino do País, é significativamente menor quando comparada à do setor agrícola. Por isso, diz ele, a sugestão é que as taxas de juros aplicadas ao custeio pecuário sejam de 5,5% e não mais de 6,75%.

O estabelecimento de um preço mínimo de garantia para o boi gordo e a criação de linhas de crédito específicas para a reforma de pastagens são os principais pontos da proposta que a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) encaminhou ao Ministério da Agricultura para constar do novo Plano Agrícola e Pecuário da safra 2012/13.

Rui Prado, presidente da Famato, explica que as sugestões encaminhadas ao governo se baseiam em estudos técnicos, que foram elaborados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Segundo ele, o estudo do Imea, que é vinculado à Famato, identificou que a linha de financiamento específica para reforma de pastagem deve ter prazo mínimo para pagamento de 13 anos e taxa de juro menor ou igual a 5,5% ao ano.

O gestor do núcleo técnico da Famato, Eduardo Godoi, comenta que outra medida sugerida pela entidade, é a criação do preço mínimo do boi gordo no valor de R$ 70 por arroba, com objetivo de garantir a estabilidade da atividade pecuária. Ele diz que o preço mínimo da arroba do boi gordo pode ser calculado a partir do levantamento do custo de produção regional, levando-se em conta despesas e características dos sistemas de produções locais.

Segundo Rui Prado, a pesquisa do Imea identificou também que a rentabilidade da pecuária em Mato Grosso, que tem o maior rebanho bovino do País, é significativamente menor quando comparada à do setor agrícola. Por isso, diz ele, a sugestão é que as taxas de juros aplicadas ao custeio pecuário sejam de 5,5% e não mais de 6,75%.

Outra proposta apresentada pela Famato é a elevação do limite máximo de crédito por produtor, dos atuais R$ 650 mil para R$ 1,3 milhão, no caso do custeio agrícola em Mato Grosso. Rui Prado argumenta que como cerca de 52% das propriedades que produzem soja têm mais de 1 mil hectares, os recursos oficiais são insuficientes para bancar o custeio, o que leva os agricultores a buscar outros tipos de financiamento.

Fonte: Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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