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Falhas na auditoria: UE retira propriedades da lista

Três fazendas de Mato Grosso foram excluídas da lista que autoriza embarques de cortes bovinos in natura para a União Européia e estão impedidas de exportar. A nova lista da UE apresenta Mato Grosso com 90 propriedades certificadas. Os motivos das exclusões oram erros no relatório e documentações encaminhados à UE.

Três fazendas de Mato Grosso foram excluídas da lista que autoriza embarques de cortes bovinos in natura para a União Européia e estão impedidas de exportar. A nova lista da UE apresenta Mato Grosso com 90 propriedades certificadas.

Na lista anterior, o Estado contava com 93 fazendas credenciadas pela União Européia, que exige uma série de itens de conformidade para que o produto possa ser enviado ao Bloco. Mesmo com as exclusões, Mato Grosso ainda ocupa a terceira posição no ranking de fazendas certificadas pela União Européia, atrás de Minas Gerais e Goiás.

A última atualização da Comunidade Européia mostra a inclusão de 34 novas fazendas, elevando para 608 o número de propriedades certificadas em todo o País.

Os motivos das exclusões, segundo o responsável pelo Sisbov (Sistema Brasileiro de Rastreabilidade Bovina) na Superintendência Federal da Agricultura em Mato Grosso, Guilherme Reis Dias, foram erros no relatório e documentações encaminhados à UE.

“Estas falhas, entretanto, já foram revistas e sanadas, inclusive com novas auditorias. As novas documentações estão sendo encaminhadas ao Ministério da Agricultura, em Brasília, que providenciará o envio ao Departamento Veterinário da União Européia, para nova avaliação e inclusão”, explica Guilherme Dias. Ele espera que até à próxima semana o problema já esteja resolvido para que os técnicos possam trabalhar na auditoria visando à certificação de novas fazendas em Mato Grosso.

O diretor executivo da Associação dos Proprietários Rurais (APR), Paulo Resende, culpa o governo federal pela pelas exclusões das fazendas. “Na verdade, ocorreu falha por parte do Ministério da Agricultura, que fez a auditoria e aprovou toda a documentação apresentada pelas fazendas. Se havia erros, essa documentação não poderia ter sido encaminhada para Brasília e depois para a União Européia”.

Ele acha que a exclusão vai causar transtornos aos trabalhos de habilitação e provocar atraso na certificação de novas propriedades no Estado.

A matéria é de Marcondes Maciel, publicada no jornal Diário de Cuiabá, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Batista de Oliveira disse:

    A posição do Sr. Guilherme Reis Dias – responsável pelo SISBOV do Mato Grosso seria cômica, se não fosse trágica.

    Já não é a primeira vez que o Ministério comente inúmeros erros grosseiros e a BND? que Base de Dados mais primária! E o pior, acham que estão acima da verdade e não assumem seus erros se comparando a covardes!

    E agora? Mais uma vez, quem vai arcar com a incompetência dos auditores do Ministério que não tiveram a mínima capacidade de realizarem seus trabalhos? Afinal, seus salário saem dos nossos impostos o que eu acho caro demais.

    Chega! Precisamos de um basta!

  2. José Manuel de Mesquita disse:

    O responsável pela documentação deveria ter a obrigação de nos informar os reais motivos, e as causas que resultaram na retirada destas propriedades da tal lista.

    Seria uma forma didatica de passar conhecimento para que os mesmos erros não se repitam com a frequência costumeira.

    Infelizmente para nós Sr. José Batista de Oliveira, o problema SISBOV somente será resolvido quando, políticos e pessoas indicadas por políticos não mais encontrarem guarida em atividades técnicas, e que os interesses envolvidos sejam os de resolver o problema, e facilitar sua implementação e controles. Nada em comum com os que legislaram de 1.500 até 2.008.

    Felizmente nosso produto tem preço muito atrativo e uma qualidade aceitável, do contrário teríamos que desovar toda produção no mercado nacional, aí os preços quebrariam quem ainda não estivesse quebrado, e os sobreviventes em algum momento teriam seus animais confiscados por praticarem preços abusivos. Que triste sina a nossa né?

  3. Claudecir Mathias Scarmagnani disse:

    Infelizmente a minha fazenda é uma das três. estava com 270 bois escalados para abater na Sadia e no Mata Boi e tive que recuar e com a possível queda no preço da arroba vou ter um prejuizo de aproximadamente R$ 15,000,00.

    Estou na esperança que a falha seja regularizada e a fazenda volte a constar na lista trace.

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