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Falência do frigorífico Mondelli é suspensa pela justiça

O desembargador Ramon Mateo Júnior, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), suspendeu na sexta-feira passada a falência do frigorífico paulista Mondelli. A decisão, de caráter temporário, ocorre cinco meses após a juíza da 1a Vara Civil de Bauru decretar a falência da empresa, que está em recuperação judicial.

Ao suspender a falência, o magistrado acolheu recurso dos acionistas José Mondelli, Braz Mondelli, Constantino Mondelli, Antonio Mondelli e Constantino Mondelli Filho. No recurso, eles questionaram o fato de a juíza Rossana Curioni Mergulhão ter baseado a decisão sobre a falência do Mondelli em acusações feitas pelo administrador judicial Fernando Borges.

Entre as acusações, o administrador alegou que os acionistas, como membros da diretoria do Mondelli, haviam cometido diversas fraudes, tais como empréstimos não pagos e saques “eivados de dúvidas quanto ao destino”. Por conta dessas acusações, os familiares foram afastados da direção em 2013.

No recurso contra a falência, porém, os acionistas e ex-diretores do Mondelli argumentaram que o inquérito policial instaurado para apurar as denúncias do administrador judicial já havia concluído que “não restou configurada nenhuma ação penal. Nesse contexto, eles solicitaram a revisão da falência. Antes disso, o afastamento da diretoria também já havia sido questionado por esses acionistas.

Como pano de fundo do intricado processo de recuperação judicial do Mondelli, há uma disputa familiar que envolve a atual gestora judicial da empresa, a Hapi Comércio Alimentício. Maior credora do frigorífico, a Hapi pertence à Charles Leguille, ex-cunhado do acionista Constantino Mondelli Júnior. O frigorífico deve R$ 12 milhões à Hapi. A dívida total é de cerca de R$ 65 milhões.

Sediado em Bauru, o Mondelli, que tem capacidade para abater 700 bovinos por dia, chegou a faturar mais de R$ 350 milhões.

Fonte: Valor Econômico, adaptado pela Equipe BeefPoint.

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