Os frigoríficos brasileiros exportaram 135,6 mil toneladas de carne bovina (in natura e processada) em abril, queda de 1,45% na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou nesta sexta-feira a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que compilou dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Graças aos preços mais altos, a receita com as vendas aumentou 11,8% na comparação anual, passando de US$ 516 milhões para US$ 577,3 milhões. A demanda chinesa vem impulsionando as cotações da carne exportada pelos brasileiros.
No acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, as exportações atingiram 543,9 mil toneladas, com receita de US$ 2,4 bilhões. Isso significa um crescimento de 1% em volume e de 19% na receita, em comparação com o mesmo período de 2019.
Em abril, a China foi responsável por 53,7% do total — o cálculo considera as vendas para a China continental e Hong Kong —, em um movimento que vem crescendo desde o recorde de 120 mil toneladas importadas em dezembro de 2019.
Entre os 20 maiores clientes do país, tiveram movimentação negativa expressiva o Chile, com 26.745 toneladas em abril (-14,3%); o Egito 27.278 (-44,1%) e os Emirados Árabes (-57,8%). Com movimentação positiva, a Abrafrigo citou a Rússia, com 25.169 toneladas (+42,8%) e a Arábia Saudita (+57,8%).
Para a associação, caso a China mantenha seu ritmo de compras, as exportações brasileiras de carne in natura e processada deverão apresentar pequeno crescimento em volume em relação a 2019, mas o aumento das receitas pode superar os 10%.
Fonte: Valor Econômico.