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Exportações australianas de carne bovina cairão 20% em 2020

O recente alívio das chuvas na Austrália aumentará a retenção de gado e levará a uma queda acentuada na produção e nas exportações, um importante concorrente no mercado de carne do Uruguai e da região.

Após dois anos de seca, as chuvas retornaram com perspectivas mais positivas de chuva nos próximos meses.

Segundo o escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na Austrália, a produção de carne naquele país em 2020 cairá 14%, para 2.085 milhões de toneladas de peso de carcaça.

“Esse declínio se deve a uma tarefa menor, na medida em que se espera que o setor entre em um período de recomposição do rebanho bovino”, afirmou.

Técnicos do USDA acreditam que a contração na produção de carne será menor do que baixa nos abates, porque haveria um aumento no peso da carcaça, devido à combinação de uma maior oferta de alimentos e menor abate de fêmeas. Nos primeiros meses do ano, a produção de carne permanecerá alta, levando em consideração o volume recorde de gado enviado para currais no final de 2019, embora deva ceder em breve.

No relatório, projetou-se a queda nos abates de bovinos de 16% em relação ao ano anterior, com um total de 7,625 milhões de cabeças. Grande parte da queda ocorrerá no abate de fêmeas, que diminuirá 28% em 2020, depois de atingir níveis recordes no ano passado. Até 2020, espera-se que termine com um rebanho de 23.365 milhões de cabeças, comparado com 23.609 milhões com os quais terminou no ano passado, nos níveis mais baixos em mais de três décadas.

Este ano as exportações vão recuar

De acordo com os cálculos dos técnicos do USDA, em 2020 as exportações australianas de carne bovina cairão 20% para 1,4 milhão de toneladas de peso de carcaça. Como nos números de produção e abate, o relatório insiste em que o cumprimento das projeções dependerá das chuvas dos próximos meses e de qual é a força da recomposição do rebanho.

As exportações para a China devem permanecer firmes, porque a demanda nesse mercado permanecerá robusta devido ao impacto da gripe suína africana no fornecimento doméstico de proteína animal.

Enquanto isso, a colocação externa de gado em pé neste ano chegaria a 900.000 cabeças, em comparação com o recorde de 1,4 milhão de animais no ano passado.

O relatório observou que, embora a demanda continue, as exportações australianas de carne bovina terão “forte concorrência nos mercados asiáticos dos Estados Unidos e de fornecedores como o Brasil, que vem expandindo suas colocações na região”.

Apesar disso, as vendas externas da Austrália continuariam se beneficiando da depreciação de sua moeda em relação ao dólar, à qual devemos adicionar as tarifas mais baixas que paga em mercados importantes como a China.

Fonte: El Observador, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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