Consumidores dos EUA estão consumindo mais carne à base de vegetais
14 de setembro de 2018
Mercado físico do boi gordo –13-09-2018
14 de setembro de 2018

Exportações argentinas de carne bovina atingiriam níveis máximos desde 2009 no próximo ano

Um dólar competitivo e uma maior oferta de animais pesados devolverão a Argentina à produção e exportação de carne por mais de 10 anos. Isto foi projetado pelo relatório dos técnicos em Buenos Aires do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (EUA) que deixou em aberto a possibilidade de que as vendas excedam o previsto em 2019.

Para o ano que vem, espera-se que a produção de carne bovina atinja 3 milhões de toneladas de peso de carcaça, o maior volume desde 2009, quando as condições climáticas e econômicas permitiram um alto abate. Os técnicos indicaram que a produção está vendo “retornos positivos enquanto novas oportunidades de exportação podem impulsionar o investimento para a expansão do rebanho”.

Embora o aumento do dólar tenha gerado maior competitividade externa no nível de preços, isso também gerou um impacto negativo nos custos dos insumos nas operações do curral.

Até o final de 2019, é esperado um nível de rebanho de gado de 54,2 milhões de cabeças, inalterado desde 2018. “Embora o setor tenha recomposto o desvio do mínimo de 48 milhões de cabeças em 2011, a expansão estagnou devido à seca da campanha de 2017/2018, baixa taxa de desmame e alto abate de vacas para exportação”.

Em 2019, os abates alcançariam 13,2 milhões de cabeças, o maior número em mais de uma década. Estima-se que o peso da carcaça aumente “um pouco” em resposta à demanda de exportação por animais mais pesados e à política oficial de restringir o abate de animais mais jovens”.

O relatório lembra a estratégia oficial de limitar as exportações e aumentar o consumo interno a preços baixos, o que resultou na produção de animais menos pesados, entre 300 e 380 quilos de peso vivo.

Por outro lado, a administração de Mauricio Macri se concentrou em impulsionar as exportações, o que mudou a dinâmica. “Uma depreciação significativa da moeda local em 2018 causou uma perda do poder de consumo interno e um aumento nos custos do produtor que poderia impulsionar as exportações em detrimento do mercado doméstico”, acrescentaram os técnicos do USDA em Buenos Aires.

Para o ano que vem, a expectativa é de que as exportações de carne bovina atinjam 575 mil toneladas, o maior volume desde 2009, com expansão de 15% em relação a 2018 e 96% ante 293 mil toneladas em 2017. Devido à depreciação do peso nos primeiros oito meses, os preços da pecuária caíram entre 20% e 30%, medidos em dólares, “trazendo uma competitividade muito necessária no mercado global”. “Os preços do gado, em dólares, são os mais baixos da região, seguidos de perto pelo Brasil e menos pelo Paraguai e pelo Uruguai.”

O relatório disse que as exportações em 2019 poderiam exceder o volume esperado e ressaltou que existem fábricas que foram fechadas e poderiam considerar a reabertura com as projeções positivas de vendas externas.

Fonte: El Observador, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress