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Exportações argentinas de carne atingirão maior volume em nove anos, estima USDA

Em 2018, as exportações de carne bovina argentina crescerão em 25% e atingirão os maiores volumes em nove anos com recuperação no consumo doméstico, de acordo com estimativas feitas pelos técnicos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Buenos Aires em seu último relatório sobre o setor pecuário argentino.

A produção de carne no próximo ano aumentaria cerca de 5% para 2,9 milhões de toneladas – o maior nível desde 2008/2009 – como resultado do aumento dos abates e um aumento marginal no peso médio da carcaça.

“Apesar de um maior abate devido ao aumento da produção de bezerros, a maioria dos contatos pesquisados acredita que levará tempo para que a Argentina aumente significativamente sua produção de carne, já que o negócio de exportação continua apresentando baixa rentabilidade”, disse o relatório.

Os técnicos do USDA preveem que, no final de 2018, o rebanho bovino atingirá 55,215 milhões de cabeças, com uma expansão de um milhão de animais em relação ao final deste ano. A produção de bezerros aumentaria em 600 mil cabeças para fechar no próximo ano com 14,8 milhões de animais.

“Espera-se que o preço dos bezerros se mantenha em um nível firme. O investimento em genética de maior qualidade, novas pastagens e mais vacas é amplamente visto em diferentes partes do país. No entanto, a venda de touros está muito ativa com preços elevados”, afirmou o relatório.

Além disso, as perspectivas de aumento da produção de animais pesados são moderadas. “O setor de pecuária e carne está estruturado de modo a que o mercado continue abatendo animais jovens, novilhos e novilhas, produzindo um volume muito menor de carne por animal do que pode ser obtido se terminassem com maior peso como fazem os países vizinhos.”

Entre as razões para que continue esse comportamento, estão a alta inflação e altas taxas de juros que levam a ciclos de produção curtos. “O forte valor do peso e os altos custos domésticos em termos de dólares impulsionam os exportadores a demandas pequenos volumes de gado. A isso, acrescenta-se que não há prêmio no preço para os novilhos pesados, a categoria principal demandada pelos exportadores. A disponibilidade de novilhos pesados – de mais de 440 quilos vivos – é metade da média histórica.”

A partir de pequenos volumes, espera-se que as exportações de carne cresçam em 25% em 2018 para 350 mil toneladas de peso de carcaça. A metade do aumento da produção – 140 mil toneladas – será direcionada para o mercado externo e a outra para o interno, com um consumo interno que fechará 2018 em 2,55 milhões de toneladas.

Fonte: El Observador, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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