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Exportação brasileira de gado vivo cai 73% no ano

As exportações de gado vivo recuaram para 95,7 mil bovinos em pé até o final de maio, 74% menos do que em igual período do ano passado. Com isso, o País registra o menor número de gado vivo exportado nos cinco primeiros meses do ano desde 2007.

A queda nas exportações afeta principalmente a pecuária do Pará, Estado líder nas vendas externas de gado vivo. Até maio do ano passado, os paraenses haviam exportado 362,8 mil cabeças de gado, um número bem acima dos 95,7 mil deste ano.

Rio Grande do Sul e Minas Gerais, estados que tradicionalmente também entram na lista dos exportadores, não mandaram bovinos para fora do país neste ano.

O principal motivo dessa queda brusca é a desaceleração das compras da Venezuela, principal país importador de gado em pé do Brasil. Os venezuelanos, que chegaram a importar 306 mil animais até maio do ano passado, compraram apenas 53 mil neste ano. Essa queda de 83% ocorre devido à deterioração da economia venezuelana e à aceleração da inflação. Dependente do petróleo, cujas exportações representam mais do 90% da balança comercial do país, a Venezuela ficou com o crédito restrito devido à queda do óleo no mercado internacional.

Além da Venezuela, o Líbano, segundo maior importador de animais vivos do Brasil, comprou 54% menos neste ano. Parte dos importadores se dirigiram à Europa.

O número menor de animais vendidos levou à queda no valor exportado, para US$ 57 milhões neste ano, ante US$ 323 milhões em igual período do ano passado.

Alguns fatores internos também contribuíram para esse recuo de vendas do Brasil. Os preços, devido à escassez de animais, estão aquecidos, encarecendo o produto para os importadores.

Fonte: Folha de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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