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Ex-Mabella volta ao mercado com indústria de carne suína, com marca Adelle Foods

Dono de uma longa trajetória dedicada à indústria de suínos, o empresário catarinense, Mayr Bonassi, está de volta ao setor sete anos após vender o frigorífico Mabella à Marfrig e três anos após deixar o comando das operações de aves e suínos que a companhia tinha no Brasil.

Com ex-parceiros da antiga da Mabella, Bonassi inaugura na sexta-feira a Adelle Foods, marcando seu retorno à indústria de carne suína, agora no cargo de presidente do conselho de administração.

Sediada no município de Seberi, no norte gaúcho, a Adelle investiu R$ 130 milhões para erguer uma unidade industrial com abatedouro e área de processamento de suínos e outros R$ 30 milhões para fomentar a construção de granjas para os 130 suinocultores integrados. A maior parte dos investimentos foi feita com recursos próprios. A expectativa da Adelle é faturar R$ 300 milhões no próximo ano e, em 2018, R$ 600 milhões.

Em meio à forte concorrência de grandes como BRF, Aurora e JBS, Bonassi aposta em um modelo diferente para conquistar o varejo e os consumidores brasileiros: cortes frescos e porcionados de carne suína, produtos industrializados de nicho e uma linha de “especialidades” que contará com speck (pernil defumado típico da Alemanha) e pancetta (carne suína curada e seca).

Outro trunfo da Adelle está nas perspectivas de longo prazo para a concorrente carne bovina, proteína preferida dos brasileiros. Diante da tendência de o Brasil ampliar as exportações de carne bovina produzida para atender à crescente demanda de países como a China – o que deve significar preços relativos mais salgados no mercado brasileiro -, o empresário acredita que a carne suína pode ganhar espaço no varejo, desde que preparada em cortes porcionados.

De fato, o diferencial de preços entre a carcaça bovina e a suína corrobora a avaliação de Bonassi. De acordo com cálculos da consultoria Agrifatto, o quilo da carne suína está 50% mais barato do que a proteína concorrente, ante a média de 25% nos últimos dois anos.

A Adelle também quer obter 40% do faturamento nas exportações de carne suína.

Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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