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Europa: resíduo de medicamento em carne equina aumenta preocupação da população

O serviço oficial médico da Inglaterra, entretanto, disse que o maior nível de bute detectado foi de 1,9 miligramas por quilo de carne de cavalo, que representa “um risco muito pequeno à saúde humana. Uma pessoa teria que ter comido mais de 500 hambúrgueres com 100% carne equina por dia para chegar perto de uma dose diária humana".

O escândalo da carne de cavalo na Europa se expandiu nos últimos dias, à medida que autoridades afirmaram que foi encontrada fenilbutazona em oito carcaças de cavalo e que seis dessas carcaças podem ter entrado na cadeia de alimentos. A fenilbutazona, comumente chamada de bute, é proibida em produtos alimentares para humanos devido a potenciais complicações sérias à saúde.

O serviço oficial médico da Inglaterra, entretanto, disse que o maior nível de bute detectado foi de 1,9 miligramas por quilo de carne de cavalo, que representa “um risco muito pequeno à saúde humana”.

O escândalo da carne de cavalo na Europa foi descoberto em 15 de janeiro, quando testes feitos por autoridades irlandesas descobriram carne de cavalo em hambúrgueres de carne bovina feitos por companhias da Irlanda e do Reino Unido e vendidos em redes de supermercados. O secretário de Meio-Ambiente do Reino Unido, Oewn Paterson, disse que a mistura de carne de cavalo com carne bovina foi um caso de fraude alimentar, mas que não havia evidências de questões de segurança alimentar.

A fenilbutazona é um anti-inflamatório não esteroidal para tratamento de curto prazo de dor e febre em animais. Em cavalos, a bute é frequentemente usada para alívio da dor em infecções, entorses, tendinite, artrite e laminite. A fenilbutazona foi originalmente disponibilizada para uso em humanos para tratamento de artrite reumatoide e gota em 1949. Entretanto, o medicamento não é mais aprovado e, dessa forma, deixou de ser comercializado para qualquer uso em humanos nos Estados Unidos.

Apesar da droga não ser permitida na cadeia de alimentos humanos, reportagem do BBC News sugeriu que cavalos que receberam a bute entram na cadeia de alimentos humano normalmente. O reportar do BBC, James Gallagher, disse que há uma estimativa “de 540 cavalos tratados com bute deixam o Reino Unido a cada ano, destinados aos pratos na Europa Continental”.

Ainda assim, as autoridades estão tentando reduzir os perigos para as pessoas. A médica Dame Sally Davies disse que uma pessoa precisaria consumir vastas quantidades de carne de cavalo contaminada com bute para estar em risco. “Uma pessoa teria que ter comido mais de 500 hambúrgueres com 100% carne equina por dia para chegar perto de uma dose diária humana. A droga passa pelo sistema muito rapidamente, de forma que é improvável que o corpo absorva”.

A fonte da fraude alimentar ainda está sendo investigada, mas Paterson disse: “Já está claro que estamos lidando com redes de fornecimento em toda a Europa. Estou tomando medidas para garantir que haja uma ligação efetiva com a Comissão Europeia e outros estados membro”.

Na reunião de quarta-feira em Bruxelas, oficiais propuseram um programa de três meses de medidas de controle na UE, incluindo testes aleatórios de produtos de carne bovina processada e testes para resíduos de carne de cavalo em abatedouros.

A reportagem é da Drovers, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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