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EUA: USDA projeta maior produção a partir de 2013

As projeções de longo prazo para o setor agrícola feitas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e divulgadas na semana passada indicam que a produção de carne bovina entrará em fase de expansão nos próximos anos, principalmente devido à demanda nos mercados de exportação.

As projeções de longo prazo para o setor agrícola feitas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e divulgadas na semana passada indicam que a produção de carne bovina entrará em fase de expansão nos próximos anos, principalmente devido à demanda nos mercados de exportação.

O relatório também projeta que os preços dos alimentos no mercado dos Estados Unidos excederão a taxa de inflação nos próximos dois anos, com uma menor demanda por carnes vermelhas e altos preços dos grãos usados na dieta animal.

O relatório, que projetou tendências de produção, demanda e preços até 2020, se baseia na suposição de continuidade das atuais políticas de governo, acordos comerciais, tendências de clima e econômicas. Mudanças imprevisíveis nas ofertas ou na demanda poderiam alterar essas previsões consideravelmente.

O relatório projeta que a produção de carnes vermelhas e brancas dos Estados Unidos declinará em 2012, assim como cairá o consumo per capita de carnes. Porém, com as exportações permanecendo fortes e os preços altos, os produtores começarão a expandir. A produção de carne bovina e suína aumentará em 2013 e continuará crescendo no restante da década.

O relatório indica que o número de bovinos de corte dos Estados Unidos aumentará em cerca de 31 milhões de cabeças no começo de 2011 para mais de 34 milhões em 2020. O rebanho total de bovinos cairá para menos de 92 milhões de cabeças antes de se expandir para cerca de 96,7 milhões no final do período projetado, de acordo com o relatório. Apesar de os preços dos alimentos usados na dieta animal deverem declinar com relação aos níveis atuais, os preços dos grãos permanecerão altos e estimularão os produtores de carne bovina a manter os animais em programas baseados em criação a pasto por períodos mais longos e até obterem pesos maiores.

O crescimento econômico global e o relativo enfraquecimento do dólar norte-americano levarão à contínua expansão das exportações de carne bovina, suína e de aves durante a década. O relatório projeta que as exportações de carne bovina caíram levemente nesse ano, para 1,03 milhão de toneladas, mas aumentarão para 1,089 milhão de toneladas em 2012 e continuarão aumentando durante a década. Em 2020, as exportações de carne bovina foram projetadas para 1,406 milhão de toneladas.

A produção de carne bovina e suína segue tendências similares, com a carne bovina mostrando pequenos declínios em 2011 e 2012, mas um crescimento no restante da década. Em 2020, o relatório projeta uma produção total de carne bovina nos Estados Unidos de 12,79 milhões de toneladas.

Os preços dos animais terão uma tendência de alta durante década, de acordo com o relatório, com o preço médio do novilho gordo previsto para 2011 de US$ 240,85 por 100 quilos e de US$ 266,56 por 100 quilos para 2012. Os preços flutuarão um pouco no final da década, mas permaneceram acima de US$ 264,55 e, em 2010, terão uma média de US$ 280,76 por 100 quilos.

Os contínuos altos níveis de produção de etanol à base de milho manterão a demanda por esse grão e os preços altos, o que manterá a área plantada de milho em torno de 36,4 milhões a 37,2 milhões de hectares durante o período projetado, comparado com 35,6 milhões de hectares em 2010. O relatório projeta que a produção de etanol continuará crescendo, mas a um ritmo mais lento durante o resto da década, sendo responsável por cerca de 36% do uso total de milho. A taxa de crescimento considera que os atuais créditos de impostos e tarifas de importação permanecerão ativos.

O uso do milho como ração e residual atingiu um nível baixo no começo da década, de acordo com o relatório, devido à menor produção de carne e ao maior uso de ração de grãos derivados de processos de destilação. O uso de alimentos animais aumenta no restante das projeções à medida que aumenta a produção de carne.

O uso industrial e como alimento humano do milho deverá aumentar no restante da década, à medida que o milho é exportado. O relatório mostra que os preços do milho cairão do atual pico durante os próximos anos, estabilizando-se entre US$ 4 e US$ 5 por bushel durante o restante da década.

Os maiores preços dos animais somados aos preços mais estáveis da dieta se traduzem em maiores retornos aos produtores de carne bovina. O relatório projetou retornos para produtores de bovinos cairão levemente nesse ano, para US$ 54,97 por animal. No próximo ano, o retorno médio aumenta para US$ 112,80 e, em 2020, a previsão é de um retorno médio de US$ 144,48 por animal.

O relatório completo pode ser obtido no endereço: http://www.ers.usda.gov/Briefing/Baseline/. A reportagem é do site www.cattlenetwork.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Paulo Cesar Bassan Goncalves disse:

    Interessante a visão do USDA, parece meio profetica e algo exagerada. Vamos acompanhar.

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