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EUA: seca pode durar mais 15 anos – veja os possíveis impactos na pecuária

Especialistas preveêm temperaturas acima da média e umidade menor que o normal para os próximos meses no Texas, Estados Unidos – e possivelmente, por mais 15 anos.

Especialistas preveêm temperaturas acima da média e umidade menor que o normal para os próximos meses no Texas, Estados Unidos – e possivelmente, por mais 15 anos.

O climatologista e professor do departamento de ciências atmosféricas da Texas A&M University, John Nielsen-Gammon, disse que os padrões de temperatura de longo prazo para os oceanos Pacífico e Atlântico são comparáveis àqueles que ele considera como a pior seca já registrada, nos anos cinquenta. Por essa razão, ele estimou que a susceptibilidade à seca do Texas poderá continuar por mais cinco a 15 anos.

Está claro, entretanto, que a recuperação das atuais condições de seca requererão mais que apenas chuvas médias. A umidade insuficiente durante o tempo criou o que é conhecido como déficit, significando que o clima normal não será suficiente para mudar essas condições.

“Estando tão quente e seco, os déficits de chuvas se acumularam”, disse McQueen. “Para sair desse ciclo de seca, precisamos ver dois ou três anos muito úmidos consecutivos”. A área está passando por condições de seca que vem e vai desde o ano 2000, estimou ele.

As especulações das implicações de mais secas podem ser assustadoras. O economista agrícola do Texas Tech, Darren Hudson, descreveu a reação em cadeia induzida pela seca na agricultura. Por exemplo, os produtores não comprarão tantos produtos e menos lotes de algodão comprados podem significar menos empregos na indústria de descaroçamento. Mesmo negócios menos relacionados diretamente com a agricultura podem sofrer se tiverem ligações com negócios dessa indústria, disse Hudson.

“Todas essas interconexões se tornam mais fracas. Isso se reflete no resto da economia”. No pior cenário, alguns negócios relacionados à agricultura poderão permanentemente fechar suas portas.

O fechamento no inverno passado de uma planta da Cargill é um exemplo do impacto da seca na indústria pecuária. A falta de chuvas significa falta de pasto e outros alimentos feitos a partir de colheitas dependentes da chuva, como milho e sorgo.

A indústria de carne bovina é uma das poucas em que a seca até agora afetou o suficiente para levar a um aumento nos preços no varejo, disse Hudson. Além disso, o moderno transporte de mercadorias significa que os efeitos locais da seca podem ficar desse jeito.

“Do ponto de vista do consumidor, provavelmente não é grande o suficiente para eles verem um impacto, exceto no departamento de carnes”, disse Hudson. “Quanto mais localizada é a seca, menor o impacto aos consumidores”.

Mas caso haja bastante chuva nas Planícies do Sul em um futuro próximo, os especialistas concordam que uma recuperação em todas as direções é certamente possível. “Veremos um efeito imediato se tivermos um inverno úmido e tivermos uma grande safra”, disse Hudson.

Fonte: Site amarillo.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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