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EUA: seca é maior que no ano passado e perdas podem ser maiores

O medo de clima presionar os preços do milho para cima em quase 30% nas duas últimas semanas, com US$ 1,60 adicionado à nova colheita de milho dos últimos dias. Os pecuaristas sabem que os maiores preços do milho pressionarão os preços do gado para engorda o que torna mais difícil obter lucros com confinamento. Os confinadores já estão perdendo em média US$ 140 a US$ 200 por cabeça.

A seca desse ano está pior em muitas maneiras que a do de 2011, e deverá ser muito mais cara à agricultura e aos consumidores. De acordo com o Centro Nacional de Mitigação da Seca, 72% dos Estados Unidos continentais (sul do Canadá) estão classificadas como em “seca anormal” ou pior. Em comparação, no final da terceira semana de junho do ano passado, somente 32% essa região foi classificada dessa forma. Alguns meteorologistas já estão comparando esse ano com a seca de 1988, que, segundo estimativas, custou US$ 78 bilhões à agricultura americana.

A seca do ano passado teve um grande impacto na indústria pecuária dos Estados Unidos e gerou pressão nos recursos financeiros de muitos pecuaristas. A seca desse ano, entretanto, afetará os consumidores de forma pior devido ao impacto que já teve na produção de milho e soja. Na semana passada, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) classificou 63% da colheita de milho do país como boa ou melhor. Nessa semana, isso caiu para 56% e os agrônomos disseram que a colheita está se deteriorando rapidamente.

Os mercados de grãos têm reagido de acordo. O medo de  clima presionar os preços do milho para cima em quase 30% nas duas últimas semanas, com US$ 1,60 adicionado à nova colheita de milho dos últimos dias. Os pecuaristas sabem que os maiores preços do milho pressionarão os preços do gado para engorda o que torna mais difícil obter lucros com confinamento. Os confinadores já estão perdendo em média US$ 140 a US$ 200 por cabeça.

O clima continua ditando a direção dos mercados pecuários nos Estados Unidos e provavelmente evitará a reconstrução do rebanho por pelo menos mais um ano. Não houve alívio no calor ou seca para os criadores de gado na semana passada e os frigoríficos aderiram às ofertas menores antes de uma semana mais curta por causa de um feriado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) notou comércio no Kansas e no Texas a US$ 116 por 100 libras (US$ 256 por 100 quilos), estável com relação à semana anterior.

Os aniamis para reposição foram comercializados a preços bem menores, com más notícias surgindo no mercado de diversas direções – seca, maiores preços do milho e margens ruins na alimentação do gado. Novilhos e novilhas com mais de 650 libras (294,8 quilos) receberam US$ 4 a US$ 8 por 100 libras a menos, com muitos casos recebendo US$ 12 a menos nas Planícies do Norte. Os bezerros de menos de 650 libras foram comercializados a US$ 5 a US$ 15 por 100 libras a menos, e as áreas mais secas reportando pesos mais baixos tiveram preços de até US$ 20 a menos por 100 libras.

As entradas dos leilões na semana passada totalizaram 175.400, comparado com 153.300 na semana anterior e 19.800 no ano anterior. As vendas dietas de gados e novilhos para engorda totalizaram 34.800 com as vendas pela internet/vídeo ficando em 234.100. O total semanal foi de 444.300, comparado com 287.000 no ano anterior.

As vacas abatidas foram cotadas em US$ 4 a mais e os touros em US$ 2 a mais. O valor das carcaças de vacas registrado pelo USDA na sexta-feira foi de US$ 172,11, 95 centavos a menos que na sexta-feira anterior. Os preços do milho aumentaram em 52 centavos por bushel durante a semana, com Omaha fechando em US$ 6,75 por bushel na sexta-feira.

Os valores da carne bovina encaixotada (boxed beef) declinaram para US$ 194,66, US$ 1,97 a menos por 100 libras do que na semana anterior. A carne encaixotada selecionada (select boxed beef) foi comercializada a US$ 178,08, US$ 2 a menos que na semana anterior. A diferença entre os cortes Choice e Select (classificações de qualidade nos Estados Unidos) foi de US$ 16,57 por 100 libras (US$ 36,53 por 100 quilos).

A reportagem é da Drovers, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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