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EUA: Rossi aposta na retomada das vendas em 20 dias

As exportações de carne bovina processada para os Estados Unidos devem levar de 15 a 20 dias para serem retomadas, disse ontem o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi. Segundo ele, as autoridades sanitárias norte-americanas pediram um tempo para avaliar os resultados do plano de ação apresentados e já colocados em prática pelo governo e frigoríficos brasileiros.

As exportações de carne bovina processada para os Estados Unidos devem levar de 15 a 20 dias para serem retomadas, disse ontem o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi. Segundo ele, as autoridades sanitárias norte-americanas pediram um tempo para avaliar os resultados do plano de ação apresentados e já colocados em prática pelo governo e frigoríficos brasileiros.

“Há disposição americana de rever e retomar as importações com uma condicionante, de ver alguns resultados do plano de ação que apresentamos a eles. Estamos fazendo exames laboratoriais diários e mandando praticamente no dia a dia os resultados. Deve levar de 15 a 20 dias para eles aceitarem esses resultados”, afirmou Rossi, por meio de teleconferência com jornalistas, direto de Bruxelas, na Bélgica, onde chefia uma missão brasileira na União Europeia.

A suspensão das exportações de carne bovina processada foi determinada pelo Ministério da Agricultura depois que um lote de carne do frigorífico JBS Friboi foi impedido de entrar no país sob alegação de que continha o vermífugo Ivermectina acima do limite permitido pela legislação norte-americana, no fim de maio.

Na semana passada, o ministério chegou a informar que as exportações poderiam ser retomadas a partir desta semana, mas, segundo Rossi, houve consenso em torno da exigência dos Estados Unidos de aguardar mais algumas semanas para avaliar os resultados do plano de ação brasileiro. “O que eles querem é uma coisa muito simples: ver alguns resultados para que o plano se comprove eficiente.”

O plano de ação ainda prevê que cabe ao setor privado selecionar o fornecedor, participar da campanha de orientação sobre a importância de se respeitar os prazos de carência entre a medicação do animal e seu abate, visitar propriedades produtoras e aumentar amostragem em análise de matéria-prima, oferecendo garantias maiores de qualidade. Já o governo distribuirá cartilhas de orientação sobre a carência – o exemplar pode ser encontrado no site do Ministério, na internet. Também determinou a obrigatoriedade de as empresas fabricantes do medicamento prestarem as informações na embalagem do produto, continuar a aplicar o programa nacional de controle de resíduos e realizar auditoria para verificar se planos estão sendo executados conforme apresentação.

As informações são da Agência Brasil e Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Manuel de Mesquita disse:

    Pois é… após ler o parágrafo abaixo transcrito, chego a conclusão que nosso ministro descobriu a pólvora!

    “O plano de ação ainda prevê que cabe ao setor privado selecionar o fornecedor, participar da campanha de orientação sobre a importância de se respeitar os prazos de carência entre a medicação do animal e seu abate, visitar propriedades produtoras e aumentar amostragem em análise de matéria-prima, oferecendo garantias maiores de qualidade.”

    O prazo de 20 dias é muito pouco para qualquer coisa… a tarefa de acertar o parágrafo acima, é gigantesco, e passa obrigatoriamente pela “Reconstrução da Defesa Agropecuária”. Além das propriedades fornecedoras de animais para exportação, as quais obrigatoriamente deverão ter sistemas de controles que permitam pelo menos a rastreabilidade sanitária do rebanho… e isto também passa obrigatoriamente por: propriedades organizadas, com funcionários alfabetizados e treinados, currais adequados…. e por aí afora…

    Para um país que se diz o maior produtor de carne do mundo, seu ministro da agricultura vir a público com uma declaração de que: será necessária campanha de orientação sobre a importância de se respeitar os prazos de carência entre a medicação do animal e seu abate… é demasiado básico, teoricamente todos sabem disso… o problema é que não possuem controle sanitário sobre o rebanho… as bulas dos medicamentos já são claras a respeito destes prazos… mas infelizmente, alguém as teria que ler… quantos trabalhadores rurais foram preparados para isso?

    A cada dia ficará mais difícil enganar os importadores… a política do finge que faz, que eu finjo que acredito, não mais funcionará para eles… talvez para o mercado interno… nunca se sabe o tamanho dos interesses

    Que tal começar enfrentando o problema de forma mais séria?

  2. José Manuel de Mesquita disse:

    Pois é…

    Novamente promessas vazias, de quem não avaliou corretamente o que teria que ser feito, não entendeu o tamanho do problema, ou simplesmente embarcou na política do finge que faz, que eu finjo que acredito… aquela mesma que os importadores teimam em aceitar!

    Do prazo de 15 a 20 dias prometido pelo tal ministro, já chegamos a 36… e nada de notícias sobre o cumprimento da tal promessa…

    Segundo fala do próprio ministro: “Estamos fazendo exames laboratoriais diários e mandando praticamente no dia a dia os resultados. Deve levar de 15 a 20 dias para eles aceitarem esses resultados”.

    Fico curioso para saber os resultados de tais exames… O que está sendo encontrado? Existe alguma razão “republicana” para que não divulguem os resultados encontrados nos testes que o ministro se refere?

    Transparência, Seriedade e Disposição ao trabalho… artigos em falta há bastante tempo em grande parte da direção dos serviços públicos deste país…

    Pronunciamentos ufanistas e promessas não cumpridas, geralmente desembocam em “apostas perdidas…”

    Que tal enfrentar o problema de forma mais séria e transparente?

  3. Paulo Gustavo Borges Campos disse:

    Ao meu ver é muita conversa e pouca eficiência em tais medidas, como se diz “A CORDA ARREBENTA SEMPRE NO MAIS FRACO, SOBROU PARA OS PEÕES”, e todos sabemos que tal problema vem de cima, pois é o dono que manda aplicar tais fármacos (endectocidas, vacinas, antibióticos, antiinflamatórios entre outros piores) e se o mesmo tem uma boiada pronta e o preço sobe a um patamar desejável, talá marca abate dos mesmos não se importando com manejos anteriores e prazos de carências a serem respeitados, estando estes bem descritos nas bulas dos medicamentos.

    Vale lembrar que os EUA, pegaram esta amostragem, mas quantas dessas já passaram sem ser avaliadas e pior quantos animais já foram e serão consumidos por nos aqui no Brasil com tais problemas, pois não é um teste de rotina nos frigorificos ou seja não temos este controle, já os laticinios conseguem cercar um pouco.

    É preciso mudar, pois isto gera um grande impacto econômico na balança comercial e, também na saúde e segurança alimentar de nós BRASILEIROS.

    É preciso haver um melhor controle do rebanho que temos, é preciso gerenciarmos o rebanho, é preciso levantarmos dados e informações dos animais, qual produtor grande ou pequeno é que vai lembrar quando fez esse ou aquele medicamento no animal, isto só é possível identificando o animal e fazendo um banco de dados (cadê o COMPUTADOR da roça), ai sim podemos estar conversando sobre controlar estes processos porteira pra dentro, sem isto só estaremos fazendo o que o colega acima falou “fantasiando, inventando, tampando o sol com a peneira”.

    Eu sei não é nada fácil, mas precisa ser feito algo para tal problema, o governo precisa pensar nisto de uma forma mais geral e não pontual, o governo precisa estimular a formação deste banco de dados interno simples (linhas de credito, diminuição de imposto para identificadores, fornecimento de softwares, etc)

    Hoje em vários setores como, construção civil, fármacias, lojas veterinárias, hospitais, restaurantes, laboratórios, etc, temos o RT (respónsavel técnico) e eu pergunto em qual ou quais propriedades rurais temos a presença de um técnico ??????????, quem sabe, se a gente achasse um para se tornar responsável por tais condutas poderiamos melhorar o setor, pois este teria que promover a organização e adequar a conduta da(s) propriedade(s).

    “SEGUE AQUI APENAS UMA GOTA DE ÁGUA PARA ESTE OCEANO”, mas acredito que seja interessante avaliar tal processo, pois atráves deste teríamos um enorme beneficio para o agronegócio brasileiro, beneficiando e muito os envolvidos no sistema (fábrica de identificadores, técnicos, pecuaristas, frigorificos, consumidor final e etc).

    “PRECISAMOS TECNIFICAR NOSSO SISTEMA DE PRODUÇÃO DE CORTE”

    “PRECISAMOS DIGERIR, FERMENTAR, DEGRADAR A IDÉIA NA BUSCA DE MELHORARMOS TAL SITUAÇÃO”.

    Att
    Paulo Gustavo (Mais @ Consultoria)

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