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EUA querem aliança informal de países para contestar pressões comerciais da China

O governo dos EUA está avaliando a adoção de novas medidas contra a China nas próximas semanas, apesar de o mandato de Donald Trump estar próximo do fim. O projeto mais ambicioso busca criar uma aliança informal de governos ocidentais para responder coletivamente se Pequim usar seu poder comercial para coagir outros países.

Segundo funcionários do alto escalão da Casa Branca, o plano foi elaborado após a pressão econômica exercida pela China sobre a Austrália, que pediu uma investigação formal sobre as origens da pandemia de covid-19, irritando Pequim. Questões como Hong Kong, Taiwan e Xinjiang também prejudicaram as relações entre os dois países nos últimos meses. 

Depois do pedido de investigação, a China impôs restrições às importações de carne bovina, cevada e vinho produzidos na Austrália. Ainda assim, a participação chinesa nas exportações australianas atingiu 41,7% em setembro, um recorde, ajudando a amenizar o impacto econômico causado pela pandemia. 

“A China está tentando submeter os países à submissão por meio de uma flagrante coerção econômica”, disse um funcionário da Casa Branca.“O Ocidente precisa criar um sistema para absorver coletivamente a punição econômica da diplomacia coercitiva da China e compensar os custos.” 

Segundo o plano, se a China boicotar as importações de algum país que faça parte da aliança, os aliados concordariam em aumentar as compras de mercadorias ou fornecer algum tipo de compensação ao afetado. Outra alternativa seria avaliar a aplicação de tarifas sobre produtos chineses. 

O governo de Trump também quer ampliar a proibição de importações de produtos da região de Xinjiang e adicionar em uma lista de sanções do Departamento de Comércio. Um dos alvos seria a fabricante de chips Semiconductor Manufacturing Internacional Corp. (SMIC). 

Os funcionários da Casa Branca reconheceram que as novas medidas dependem do apoio do presidente eleito dos EUA, Joe Biden, que pode revertê-las assim que assumir o poder, apesar de já ter sinalizado que adotará uma postura firme em relação a Pequim. 

Também não está claro se outros países, dependentes do comércio com a China, estariam dispostos a se unir a um grupo que visa retaliar Pequim ou adotar sanções que poderiam prejudicar seu próprio mercado doméstico.

Fonte: Valor Econômico.

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