EUA: produtores querem abertura do mercado chinês

A abertura das importações de carne bovina do Canadá pela China impulsionou um interesse entre os exportadores de carne bovina dos Estados Unidos que também têm buscado há um tempo a expansão do acesso a esse mercado, avaliado em US$ 200 milhões.

Em resposta ao anúncio feito na última sexta-feira de que a China começaria a aceitar carne bovina canadense de animais de menos de 30 meses de idade e gordura bovina para uso industrial, grupos da indústria dos Estados Unidos disseram que está na hora de o país pressionar Pequim por uma abertura para a carne do país.

O presidente da Associação Nacional de Produtores de Carne Bovina dos Estados Unidos (NCBA, sigla em inglês), Steve Foglesong, disse que o engajamento do país para tentar abrir esse mercado está muito fraco. “Durante os últimos três anos e duas administrações, vimos pouco progresso na abertura do mercado chinês para a carne bovina dos Estados Unidos”.

Particularmente frustrante para a indústria é o fato de os Estados Unidos e o Canadá dividirem o mesmo status de risco internacional relacionado à Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), doença que levou a China proibir suas importações de carne bovina em 2003.

“Está evidente que o Governo canadense em seu mais alto nível considerou a restauração do acesso à carne bovina aos principais mercados uma prioridade máxima em sua agenda de comércio exterior”, disseram oficiais da Federação de Exportações de Carnes dos Estados Unidos (USMEF, sigla em inglês). “Sabemos que os negociadores do Governo dos Estados Unidos se reunirão novamente com os negociadores chineses em breve para levar seu processo de compromisso para o próximo passo. Dado o tamanho e a importância do mercado chinês, a indústria de carne bovina dos Estados Unidos tem considerado a retomada do acesso da carne bovina à China como sua prioridade comercial máxima”.

Os oficiais da USMEF disseram que estão acompanhando o desenvolvimento para ver como o acordo impactará nas exportações de carne bovina dos Estados Unidos.

No entanto, Foglesong disse que a abordagem do Congresso dos Estados Unidos em questões comerciais com a China, incluindo uma barreira às importações de frango chinês que ele considerou como não baseada em ciência, “está prejudicando nossa reputação com os parceiros comerciais internacionais e atrapalhando nossa capacidade de avançar em acordos comerciais que poderiam abrir portas para a carne bovina dos Estados Unidos nos mercados externos”.

A reportagem é do MeatingPlace.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.