Custos de produção de suínos e frangos sobem pela primeira vez no ano
24 de abril de 2015
Bill Gates compartilha sua experiência de voltar a comer carne após um ano sendo vegetariano
27 de abril de 2015

EUA: Pilgrim’s reduz o uso de antibióticos em aves

A Pilgrim’s Pride, segunda maior processadora de aves dos EUA, pretende eliminar todos os antibióticos de 25% de sua produção de frangos até 2019, conforme informou o CEO da companhia, Bill Lovette. Hoje, esse percentual é de cerca de 5%.

A Pilgrim’s, que é controlada pela brasileira JBS, também trabalha para pôr fim, em sua unidade de frangos, ao uso de antibióticos necessários para combater doenças humanas.

Muitas grandes redes de restaurantes e fast-food revelaram recentemente planos de pressionar seus fornecedores a restringir o uso de drogas nos produtos que recebem. O McDonald’s, por exemplo, anunciou em 4 de março que em dois anos pretende começar a deixar de receber nos EUA carne de frangos criados com antibióticos que tenham importância médica.

Em 2014, a rede de lanchonetes Chick-fil-A – que tem a Pilgrim’s entre seus fornecedores – comunicou que, em cinco anos, iria parar de vender carne de frango criado com qualquer antibiótico. Chipotle Mexican Grill, Panera Bread e muitas outras adotaram medidas similares.

A Perdue Farms, que processa cerca de 12,4 milhões de frangos por semana, já eliminou todos os antibióticos de metade da sua produção e estima que 95% de seus frangos nunca receberam nenhum antibiótico usado em humanos. Já a Tyson Foods, maior empresa de carnes dos EUA, anunciou ter reduzido em 84% o uso de antibiótico desde 2011, e que no quarto trimestre de 2014 parou de usá-los em seus incubatórios.

A pressão dos consumidores provocou mudanças mais rapidamente do que a ação das autoridades reguladoras.

“Estamos vendo um crescimento bastante forte nos produtos livres de antibióticos”, disse Wesley Batista, CEO da JBS, que realçou que o setor precisa acompanhar as demandas dos consumidores. Lovette, da Pilgrim’s, também destacou que a empresa investiu em probióticos (substâncias com bactérias benéficas aos sistemas digestivos) e biossegurança para ajudar a reduzir a dependência dos antibióticos.

Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress