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EUA: novas técnicas de embalagem para carnes case-ready

A indústria de carnes dos Estados Unidos está apresentando um grande crescimento das carnes do tipo case-ready nos estabelecimentos de varejo. As carnes, que são assim classificadas, são embaladas antes de serem enviadas aos supermercados, de forma que os varejistas não precisam preparar a carne, mas simplesmente colocá-la à venda.

Lojas como o Wal-Mart vêm apresentando um aumento do interesse por carnes do tipo case-ready. O Wal-Mart tem atualmente 1.121 lojas em todo o mundo, que oferecem uma grande variedade de alimentos, e está projetando a abertura de mais 180 novas lojas neste ano. O pesquisador especializado em carnes da Universidade do Estado de Kansas, Melvin Hunt, disse que há apenas 1 ano, menos de 10% de todos as carnes vendidas no varejo dos EUA era do tipo case-ready, mas “esse número triplicou no ano passado, e a expectativa é que, em breve, as carnes case-read ­ sejam as mais comuns”.

Hunts disse que a manutenção da qualidade e da cor das carnes case-ready é um desafio, mas ele acredita que a pesquisa que conduziu recentemente poderá facilitar nesta missão. Atualmente, as carnes case-ready são embaladas em um ambiente que contém 4 vezes mais oxigênio do que o ar que respiramos, além de dióxido de carbono para ajudar a aumentar o prazo de validade da carne. A carne forma sua cor vermelho vivo quando exposta ao oxigênio, de forma que, pelo atual sistema, ela precisa ser enviada ao estabelecimento de varejo e vendida rapidamente.

Mas, apesar da cor poder se manter por mais tempo quando a carne é embalada em ambiente com grande quantidade de oxigênio, isso pode causar também uma redução do aroma e do sabor da carne, mesmo quando o produto ainda está íntegro.

Hunt desenvolveu seus estudos através de um processo que empacota as carnes case-ready em um ambiente que não contém oxigênio, contém pequenos níveis de monóxido de carbono e níveis de dióxido de carbono e de nitrogênio similares aos usados pelos sistemas atuais.

Em março deste ano, a instituição Food and Drug Administration (FDA) dos EUA, determinou que o uso de monóxido de carbono – em níveis muito baixos – é “geralmente reconhecido como seguro” para uso na indústria de carnes. O Serviço de Inspeção e Segurança dos Alimentos do Departamento de Agricultura dos EUA (FSIS/USDA) também aprovou recentemente este processo.

Hunt e outros pesquisadores do setor de carnes apresentaram evidências ao FDA que ajudaram a entidade a determinar de forma conclusiva que baixos níveis de monóxido de carbono não representa um risco à saúde humana. A quantidade usada no processamento de carnes é menor do que a quantidade de monóxido de carbono presente naturalmente no meio-ambiente.

Hunt disse que, o próximo passo, é testar o sistema de embalagem da carne com o uso do monóxido de carbono juntamente com a indústria de carnes em um “futuro muito próximo”. Hunt, um dos vários especialistas que forneceram ao FDA evidências de que esse sistema era seguro, disse que a vantagem desse novo processo é que os varejistas podem vender as carnes case-ready ­ por mais tempo, ou seja, aumenta o prazo de validade da carne para venda – “de 2 a 3 vezes mais do que as práticas atuais permitem”.

“Este sistema serve para aumentar o prazo de validade e a flexibilidade no sistema de processamento da carne. Ele também será vantajoso ao consumidor, já que a carne que eles comprarão será segura, e será bastante atrativa”, sem perder o odor e o sabor, perdas causadas muitas vezes pelos sistemas com alto teor de oxigênio.

Fonte: AgWeb, adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Marcilenio clemente de oliveira disse:

    Bom Dia !Gostaria de saber dos senhores o porque a paleta bovina na maioria vem com um odor forte se elas sao embaladas normalmente como as outras carnes.Muito obrigado.

  2. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    O aprimoramento das técnicas de embalagem podem significar uma verdadeira revolução na indústria e varejo.

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