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EUA: mercado de orgânicos cresce menos que esperado

As companhias de carnes vermelhas e brancas que ainda esperam lucrar com o crescente mercado de produtos orgânicos podem querer repensar isso. Uma nova pesquisa feita pelo TABS Group, de Connecticut, sugeriu que o mercado não está crescendo em números de compradores.

As companhias de carnes vermelhas e brancas que ainda esperam lucrar com o crescente mercado de produtos orgânicos podem querer repensar isso. Uma nova pesquisa feita pelo TABS Group, de Connecticut, sugeriu que o mercado não está crescendo em números de compradores.

“No mercado massivo, os orgânicos não estão crescendo”, disse o fundador e presidente do TABS, Kurt Jetta. “Todo ano nós medimos a popularidade de várias categorias dos chamados produtos saudáveis e os orgânicos consistentemente tiveram o menor apelo”.

Qualquer crescimento que a categoria de orgânicos tenha apresentado, disse ele, veio de maiores compras de consumidores que já se identificavam como pessoas que preferiam orgânicos. De forma importante, o número de compradores de produtos orgânicos não está crescendo. De acordo com dados do TABS, somente 38% dos adultos disseram que compraram algum produto de alguma das importantes categorias de orgânicos – frutas e vegetais, ovos e leite, itens congelados – nos últimos seis meses. As frutas orgânicas frescas tiveram a maior incidência de compras, de 26%, seguida pelos vegetais orgânicos, de 17%.

As grandes redes de supermercados continuam sendo a principal fonte de produtos orgânicos, ultrapassando as lojas de alimentos naturais – 39% contra 27%. Ainda de acordo com o TABS, embora tivesse 50% mais compradores de orgânicos nas grandes lojas do que nas lojas especializadas, existe de 20-30 vezes mais grandes lojas.

“Quando vemos uma dinâmica que diz que existe 20 vezes mais lojas gerando um aumento de 50% no número de compradores, concluímos que a vasta maioria dos varejistas com um amplo sortimento desses produtos estão tendo retornos muito baixos nos investimentos”, disse Jetta. “Podemos apenas esperar que os grandes varejistas e processadores parem de caminhar invariavelmente a essa ´tendência´ ilusória e voltar a focar seus esforços em categorias e produtos convencionais. Existe um papel para uma seleção modesta de produtos orgânicos em suas lojas, mas eles devem aceitar que os mercados de alimentos naturais estão melhores posicionados para satisfazer as demandas dos compradores de produtos orgânicos”.

Seu conselho para os varejistas que fizeram um grande comprometimento com os alimentos orgânicos: “É melhor você ter um Plano B para tirar esses produtos de suas prateleiras”.

Mas e sobre os importantes impulsos que os produtos orgânicos receberam na mídia e em outros locais, com especialistas e companhias de alimentos promovendo vários benefícios do consumo de alimentos orgânicos? “O exagero da imprensa sobre certas tendências emergentes quase nunca foi bem sucedido”.

A vasta maioria dos compradores, segundo Jetta, são conservadores. “As tendências que todos falam podem ser tendências em grandes centros urbanos, como Nova York, Boston e São Francisco, mas isso não significa que essas tendências são globais. Outra coisa é que essas tendências previstas são quase sempre para produtos caros e compradores ricos, sendo que a relação preço-valor continua a direcionar a maioria das decisões de compra, e não considerações sobre se um produto foi produzido ou processado localmente ou de acordo com padrões orgânicos ou de sustentabilidade”.

O estudo sobre Produtos Orgânicos foi conduzido entre 1.000 consumidores com idade de 18-75 anos. O estudo foi feito de 3-6 de dezembro de 2009 e replicou um estudo completado em novembro de 2008. Jetta disse que a categoria de carnes vermelhas e brancas orgânicas não foi medida como uma categoria separada, mas “eu me arriscaria a dizer que os resultados da categoria não seriam significantemente diferentes do que encontramos” em outras categorias.

A reportagem é do MeatPoultry.com, traduzida e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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