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EUA: legislação federal propõe que alimentos processados contendo OGMs sejam rotulados

Foi proposta uma legislação federal nos Estados Unidos que requereria que os alimentos processados rotulassem claramente qualquer produto contendo organismos geneticamente modificados (OGM), sob o risco de ter o produto classificado como rotulado erroneamente pela Administração de Alimentos e Drogas (FDA).

Foi proposta uma legislação federal nos Estados Unidos que requereria que os alimentos processados rotulassem claramente qualquer produto contendo organismos geneticamente modificados (OGM), sob o risco de ter o produto classificado como “rotulado erroneamente” pela Administração de Alimentos e Drogas (FDA).

A senadora Barbara Boxer e o senador Peter DeFazio, introduziram o “Genetically Engineered Food Right-To-Know Act” (Ato de Direito de Saber sobre os OGM) ao Senado e à Câmara dos Deputados na quarta-feira passada (24/abr). A lei tem 9 apoiadores no Senado e 22 na Câmara dos Deputados.

De acordo com Boxer, os americanos têm o direito de saber o que está no alimento que consomem, de forma que possam fazer as melhores escolhas para suas famílias. Essa legislação é apoiada por uma ampla coalizão de grupos de consumidores, negócios, produtores rurais, pescadores e pais que concordam que os consumidores merecem mais informações sobre o alimento que compram.

Surgiu um debate nos últimos anos sobre as consequências de longo prazo para a saúde e ambientais das colheitas de OGM, mas os especialistas de forma geral consideram os alimentos com OGMs seguros. A quantidade de alimentos com OGM cresceu substancialmente nas duas últimas décadas e muitos americanos consomem produtos alimentícios contendo OGMs sem saber dos ingredientes.

O senador Bernie Sanders, um dos apoiadores da lei, disse que as pessoas desse país estão se tornando mais conscientes sobre os alimentos que consomem e os alimentos que estão servindo a suas crianças. Isso é certamente verdadeiro para os alimentos geneticamente modificados. Quando uma mãe vai à loja e compra alimentos para suas crianças, ela tem o direito de saber o que está fornecendo a elas.

Os proponentes da legislação notaram que 64 outros países já requerem rotulagens de produtos com OGMs. Entretanto, existe uma forte oposição sobre essa rotulagem nos Estados Unidos. Executivos da Monsanto Co., Dupont e Dow Chemical, entre os maiores desenvolvedores dessas colheitas e dos químicos usados para ajudar a produzi-las, disseram que estão se unindo em uma campanha visando reverter o que reconhecem como sendo um crescente sentimento público contra os OGMs usados como ingredientes na cadeia de fornecimento de alimentos do país.

No ano passado, a indústria gastou US$ 40 milhões para anular uma medida de rotulagem na Califórnia. Porém, iniciativas similares estão sendo feitas agora em mais de 20 estados e a medida tomada pelas grandes firmas de biotecnologia é designada a acabar com a disseminação dessas iniciativas, que as companhias dizem que confundiriam os consumidores e incomodam a indústria de processamento de alimentos.

Comentário BeefPoint: Um ponto importante é analisar o custo adicional que seria criado para todos os alimentos, com essa rotulagem obrigatória. Isso levando em conta que as pesquisas consideram OGM como alimentos seguros, como é inclusive repetido na matéria. Nos EUA, já existem produtos que se diferenciam ao divulgar que não contém OGM, mas são produtos especiais, de nicho.

A reportagem é da Drovers, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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