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27 de setembro de 2011
Mercados Futuros – 26/09/11
27 de setembro de 2011

EUA: JBS realiza evento para estimular retenção de novilhas e expansão do rebanho

Nos EUA, o frigorífico JBS e confinamento Five Rivers Cattle Feeding (também do JBS) reuniram um grupo de grandes produtores, pesquisadores, centrais de IA e outros para discutir formas de estimular a retenção de novilhas e a expansão do rebanho na indústria de carne bovina norte-americana. Os sinais do mercado (preços altos) favorecem a expansão, mas isso não está acontecendo, por causa da seca, dos preços dos insumos e de outras tendências de mercado.

Nos EUA, o frigorífico JBS e confinamento Five Rivers Cattle Feeding (também do JBS) reuniram um grupo de grandes produtores, pesquisadores, centrais de IA e outros para discutir formas de estimular a retenção de novilhas e a expansão do rebanho na indústria de carne bovina norte-americana. Os sinais do mercado (preços altos) favorecem a expansão, mas isso não está acontecendo, por causa da seca, dos preços dos insumos e de outras tendências de mercado.

No curto prazo, o declínio das ofertas de gado beneficia os produtores com preços maiores. No entanto, no longo prazo, há preocupação em perder participação de mercado e infra-estrutura. Um consenso geral entre os participantes da reunião foi que existe uma grande oportunidade para a lucratividade de bovinos nos próximos anos e a expansão é interessante para pequenos e grandes produtores.

O chefe dos programas de administração de riscos do Five Rivers, maior companhia de engorda de bovinos dos EUA, com 12 confinamentos em sete estados, com capacidade de mais de 960.000 cabeças, Tom Brink, listou “10 razões para se ter mais novilhas durante os próximos anos”.

1) O rebanho bovino dos Estados Unidos continua se contraindo. Durante a semana que terminou em 17 de setembro, os abates de vacas alcançaram seu maior nível semanal desde 2001. O JBS espera que a produção total de carne bovina dos Estados Unidos durante 2012 caia em quase 5% com relação aos níveis de 2010. “É legal ter uma commodity escassa”, disse Brink (escassez traz preços altos).

2) A seca nas Planícies do Sul eventualmente terminará. Condições severas pressionaram os abates de bovinos até agora nesse ano na região para 19% a mais que no ano anterior. Quando as chuvas retornarem, a região mudará de “vacas sem pastagem” para “pastagem sem vacas”.

3) A demanda por carne bovina está aumentando. Os gastos domésticos com carne bovina no atacado nesse ano aumentaram em 11,8%, com os gastos domésticos aumentando em 8,7% e os gastos de exportação aumentando em 43,8% com relação ao ano anterior.

4) As exportações de carne bovina estão crescendo rapidamente. Nossas exportações de carne bovina aumentaram em 139% até agora nesse ano e os aumentos deverão continuar à medida que a renda cresce em importantes mercados de exportação (e também a desvalorização do dólar frente a outras moedas, facilitando a exportação dos EUA).

5) Os preços dos bezerros estão em níveis recordes e deverão ficar ainda maiores. Brink disse que sua companhia não espera nenhum declínio nos valores dos bezerros nos próximos anos.

6) As novilhas de cria estão agora sendo comercializadas a preços prêmios com relação às vacas de cria, apesar da ampla seca e da tendência em direção à liquidação.

7) Programas excelentes, bem-comprovados de sincronização de cio estão disponíveis para novilhas de cria. Esses programas são competitivos em termos de preços com relação ao serviço natural e permitem aprimoramento significante nas genéticas.

8) O sêmen de touros com características mais adequadas à inseminação de novilhas estão amplamente disponíveis, com características comprovadas de prole oferecendo baixos pesos ao nascer e boas Diferenças Esperadas na Progênie (DEPs) para peso ao desmame e com um ano de idade.

9) A maior disponibilidade de subprodutos de alimentos animais em muitas partes do país pode ajudar a controlar os custos desses alimentos. Brink nota que os recriadores do meio-oeste estão comprando bezerros no outono e os alimentando com forragem e subprodutos, como grãos de destiladores, ao invés de os comprarem na primavera quando há abundancia de verde. Os produtores podem fazer o mesmo com as novilhas.

10) O momento parece certo. “As novilhas criadas nos próximos anos deverão ser as vacas mais lucrativas que temos visto em muitos anos”.

Brink fez dois avisos:

1) Certifique-se de que você tem uma estrutura competitiva em termos de custo – custos menores do que a média e taxas de reprodução e peso ao desmame maiores do que a média.

2) Certifique-se que você está criando um bezerro altamente comercializável. Brink disse que os gerentes da Five Rivers preferem bezerros com 50 a 75% de Angus ou Red Angus, 25 a 50% Continental e até 25% de outras raças.

A reportagem é da Drovers, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. ricardo c. okida disse:

    boa tarde  a todos, gostei desta noticia, alias eles deveriam olhar para o mercado nacional (brasil), e ver anos anteriores aonde eles mesmos estimularam a matança de matrizes em função dos preços pagos aos produtores. Na realidade eles so tem materia prima prima porque existe o criador que tem que ser muito valorizado dentro da cadeia produtiva

  2. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    A contração do rebanho americano vem ocorrendo a muitos anos, sem reduzir na proporção a produção de carne. Apesar do esforço do JBS não acredito na reversão desta tendência, ainda que de um ano para o outro possamos eventualmente ter algum crescimento do rebanho. Em outras palavras os animais estão cada vez mais engordando mais rápido, morrendo mais pesados, etc. Neste cenário o preço do bezerro só pode subir, pois ele se torna cada vez mais escasso. Comparem o correlação do preço do bezerro em arrobas de boi gordo de lá com a brasileira. Não podemos porém esquecer que o bezerro de lá pesa 220/240 kg contra 160/180 kg aqui.

  3. Jose Nilo Aquino disse:

    Assim é fácil…recebe dinheiro do BNDS e depois vai lá no exterior incentivar a cadeia produtiva dos gringos ( EUA ). Alguma coisa não faz sentido nisso…

  4. JOÃO ALFREDO CETINO disse:

    Embora no Brasil tenhamos todos os motivos do mundo para não criar, e, as vezes engordar, sem duvida alguma, sempre acreditei, e, vou continuar acreditando nas femeas (novilhas), pois sem elas o que seria desse grande mercado nacional da carne ???

    Já passou da hora do criador brasileiro ser realmente reconhecido e compensado pelo grande trabalho que realiza.

    Falo na qualidade de criador,  que a satisfação é muito grande, quando vemos nascer um bezerro bom, precoce, e com toda qualidade que buscamos com um trabalho imenso, e no entanto, a decepção é muito maior, porque nosso Mercado nem sempre nos paga o que este bezerro merece, ou seja não temos o retôrno, o incentivo merecido  !!!

    Bom … com tudo isso, ainda digo:  VAMOS CONTINUAR ACREDITANDO, POIS VEJO QUE JÁ EXISTE MOVIMENTOS PARA MUDAR ESSE QUADRO !!!

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