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EUA: FSIS divulga nova avaliação de riscos para EEB

A remoção dos materiais de risco especificado, como cérebro e medula espinhal dos bovinos de mais de 30 meses de idade elimina quase completamente a potencial exposição humana à EEB, de acordo com a nova avaliação de riscos do Serviço de Inspeção e Segurança dos Alimentos (Food Safety and Inspection Service – FSIS) do USDA feita pelo Centro de Harvard para Análise de Riscos.

O relatório, que atualiza a avaliação de riscos feita em 2003, calculou que 10 bovinos infectados com EEB nos EUA resultariam em aproximadamente 3,5 bovinos adicionais infectados. A União de Consumidores e o Centro para Ciência de Interesse Público, apesar de terem ficado satisfeitos com as descobertas, disseram que o modelo usado para a avaliação de riscos usou hipóteses questionáveis.

Os críticos se referiram, particularmente, no que se refere à barreira nacional à ração do uso de materiais de ruminantes em ração de ruminantes. O biólogo e especialista em EEB da União de Consumidores, Michael Hansen, disse que a rotulagem errada ou a presença de alimentos errados, diferentes do prescrito na ração, são muito mais comuns do que a análise de riscos assumiu. Ele disse também que apenas uma parte das fábricas de ração do país é inspecionada para a análise de riscos.

A descoberta geral é que os humanos nos EUA têm um risco muito baixo de desenvolver a forma humana da EEB, variante da doença de Creutzfeldt-Jakob (nvCJD), ao consumir carne bovina. O estudo mostrou que algumas medidas, como a exclusão dos bovinos com problema de locomoção do fornecimento de alimentos humanos, quase não tem efeito no perfil de riscos, enquanto a remoção dos materiais de risco especificado de todos os bovinos de mais de 30 meses de idade e a exclusão de carne recolhida por sistemas de recuperação mecanizado da carne para a cadeia de alimentos humanos cortam radicalmente os riscos.

A análise assumiu que 95% das infecções por EEB nos animais sem nenhum problema de locomoção normalmente são detectadas por inspeção visual, devido ao típico comportamento irregular dos animais contaminados com a doença. Já no caso das infecções em animais com problemas de locomoção, 85% podem ser detectadas através da inspeção visual. Os poucos casos que escapam do diagnóstico visual serão pegos nos próximos passos de defesa, como remoção da maioria das partes do animal de maior risco de transmissão da doença, incluindo cérebro, medula espinhal, olhos e outros órgãos.

A reportagem é de Ira Apfel para o site MeatingPlace.com.

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