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EUA: Especialistas recomendam defesa da indústria de carne bovina

Steaks on grill

Por Robin Salverson e Adele Harty, da Extensão da Universidade do Estado de Dakota do Sul

Dois palestrantes do Range Beef Cow Symposium, realizado nos Estados Unidos, discutiram a desconexão entre consumidores e produtores. Ronnie Green falou sobre porque essa desconexão está ocorrendo, enquanto Michele Payn-Knoper discutiu como resolver o problema. Com a maioria da população estando pelo menos três gerações de distância da fazenda familiar, é importante para os produtores e pecuaristas contarem sua história e ajudar o consumidor a entender como seu alimento é produzido. Como nossa população está mudando, tem se tornado mais crítico entender o que os consumidores querem e porque ajudar a construir uma relação mais forte.

Como vice-diretor da Universidade de Nebraska, Green gastou tempo entendendo “por que a opinião do consumidor ganha da ciência?”. De acordo com ele, nosso mundo deverá ser diferente em 2050. Uma maior urbanização nas regiões em desenvolvimento do mundo resultará na população sendo mais afluente e tendo renda para comprar proteína animal. Até 2050, haverá mais de 3 bilhões de pessoas consumindo proteína animal e isso fornece uma excelente oportunidade para a indústria de carne bovina.

Entretanto, essa mudança já está ocorrendo. Há uma transição nos consumidores de hoje de usar “fatos que provem claramente” para “eu acredito”. Além disso, muitos consumidores estão desconectados da natureza. A natureza está sendo substituída por eletrônicos e smartphones. Essa desconexão em parte leva à falta de entendimento do bem-estar animal e saúde. Há uma grande preocupação sobre o efeito da pecuária sobre o meio-ambiente e, especificamente, o uso da água. Esses foram alguns pontos que Green discutiu sobre o que está direcionando um movimento anti-agricultura e anti-carne bovina.

É crítico entender o que direciona as crenças dos consumidores sobre a produção de carne bovina. Entretanto, devido à pressão de grupos de defesa, informações erradas e medo, os produtores de carne bovina precisam agir e se tornar defensores de sua própria indústria. Payn-Knoper compartilhou a informação sobre como os produtores precisam se conectar com os consumidores e construir uma relação para um maior entendimento de por que os produtores de carne bovina fazem o que fazem. É importante que essa conexão ocorra a nível pessoal. Não adianta fornecer fatos e ciência, o consumidor quer ser capaz de se conectar conosco como pessoas. É crítico compartilhar a paixão por nosso negócio e pelos animais de quem cuidamos. Ela afirmou que o ponto de referência para a maioria dos americanos é seu gato ou seu cão, de forma que quando seus pets dormem no sofá, eles pensam que os bovinos deveriam ter o mesmo tratamento e não conseguem separar essas espécies de outras.

Em seu livro “No More Food Fights”, Payn-Knoper fornece informações dos dois lados da história dos alimentos, uma do consumidor e uma do produtor. No lado do produtor, ela cita seis passos para começar uma conversa com o consumidor para se relacionar com eles em um nível pessoal. Ela desafiou a todos a gastar 15 minutos por dia defendendo a indústria de carne bovina, seja através das mídias sociais, seja através de conversas com alguém na loja de alimentos. Com a mudança nas necessidades do consumidor, é crítico que os produtores de carne bovina estejam envolvidos na conversa.

A mudança é inevitável, então, precisamos agir agora pelo futuro e sermos os defensores para a próxima geração.

Por Robin Salverson e Adele Harty, da Extensão da Universidade do Estado de Dakota do Sul

Fonte: Drovers, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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