A demanda norte-americana pela carne bovina in natura brasileira deve ajudar a contrabalançar a queda nas exportações a grandes importadores como Rússia e Venezuela, afirma a Concórdia Corretora, em nota. Segundo os analistas, estes países “vêm sofrendo crises econômicas relevantes de maneira a afetar volume e mix de vendas brasileiras” e a desvalorização de suas moedas tem restringido o efeito positivo da queda do real ante o dólar para os exportadores.
De janeiro a maio deste ano, as vendas externas de carne bovina (todos os tipos) caíram 14% em volume, na comparação anual, para 543,7 mil toneladas, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). O faturamento caiu 18% no período, para US$ 2,2 bilhões.
“No caso dos EUA, a situação é oposta. Com bom desempenho econômico e moeda mais valorizada, a abertura do mercado interno deve servir de catalisador para as frigoríficas brasileiras”, afirmam os analistas Karina Freitas, Daniela Martins e Danilo de Julio.
A Concórdia pondera, no entanto, que o mercado norte-americano tem escala e é competitivo, o que deve implicar “concorrência relevante para as empresas exportadoras (brasileiras)”. Para a corretora, a Minerva é a empresa mais bem posicionada para se beneficiar do novo mercado, dada a sua “produção voltada ao mercado externo e indicadores financeiros em níveis razoáveis”.
Fonte: Q10/Estadão Conteúdo, adaptada pela Equipe BeefPoint.