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EUA: confinadores adaptam manejo sanitário conforme o aplicado na recria

Entre os confinamentos com capacidade de 8 mil cabeças ou mais, 26% disseram que sempre recebem informações da recria e 70% disseram que às vezes recebem essas informações. E cerca da metade dos confinamentos disseram que modificam seus procedimentos de aplicação de antibióticos e de vacinação durante o processamento dos recém chegados baseado em critérios como o atual estado dos animais ou histórico de manejo.

Os confinadores sabem que o manejo de suas fazendas afeta a saúde e o desempenho do gado quando confinados, e por isso adaptam seu sistema produtivo e manejo sanitário dependendo do manejo aplicado aos animais na época da recria. Esse foi alguns dos principais pontos que o veterinário do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Dave Dargatz, apresentou durante a reunião da Academia de Consultores Veterinários, realizada recentemente em Denver.

Dargatz trabalha no Sistema Nacional de Monitoramento de Saúde Animal (NAHMS), uma divisão do Serviço de Inspeção Sanitária Animal e Vegetal (APHIS). O NAHMS conduziu uma extensa pesquisa sobre práticas de saúde e manejo nos confinamentos dos Estados Unidos durante 2011.

Entre todos confinadores, 69,3% acreditam que a análise de informações pré-confinamento é muito importante, enquanto 23,8% classificam essa informação como algo importante. Questionados sobre práticas de manejo específicas na entrada do confinamento, a maioria dos confinadores classificou essas práticas como extremamente ou muito efetivas:

– Adaptação ao cocho – 81,2%;

– Vacinas contra doenças respiratórias dadas duas semanas antes do desmame – 85,4%;

– Vacinas contra doenças respiratórias dadas ao desmame – 80,4%;

– Bezerros desmamados quatro semanas antes do transporte – 79,1%;

– Bezerros castrados/mochados quatro semanas antes do transporte – 91,6%;

– Bezerros vermifugados antes do transporte – 71%.

Entre os confinamentos com capacidade de 8 mil cabeças ou mais, 26% disseram que sempre recebem informações da recria e 70% disseram que às vezes recebem essas informações. Entre os confinamentos com capacidade de mil  a 7,9 mil cabeças, 38% disseram que sempre recebem essas informações, enquanto 53% disseram que recebem às vezes.

Cerca da metade dos confinamentos disseram que modificam seus procedimentos de aplicação de antibióticos e de vacinação durante o processamento dos recém chegados baseado em critérios como o atual estado dos animais ou histórico de manejo.

Para procedimentos usados na chegada em confinamentos com 8.000 cabeças ou mais, 95% vacinaram contra doenças respiratórias, 72% vacinaram contra doença causadas por Clostridium, 71% usaram antibióticos injetáveis, 85,6% administraram um implante e 91% trataram para parasitas.

Os operadores de 51,4% dos confinamentos com capacidade de 1.000 a 7.999 cabeças estavam mais familiarizados com o programa de Garantia de Qualidade da Carne Bovina (Beef Quality Assurance – BQA), comparado com os operadores de 69,4% dos confinamentos com capacidade de 8.000 ou mais cabeças. No total, somente 4,6% dos confinamentos com capacidade de 1.000 a 7.999 cabeças e 0,3% dos confinamentos com capacidade de 8.000 cabeças ou mais tinham operadores que não estavam familiarizados com o programa BQA. Dentre os confinamentos maiores, 96,1% estavam engajados em pelo menos algum treinamento formal sobre BQA de seus funcionários, enquanto 70,1% dos confinamentos menores tinham algum desse tipo de treinamento.

Quase todos os confinamentos com 1.000 cabeças ou mais indicaram que seguiam as diretrizes do BQA em práticas como locais de injeção, estratégias de implante, seleção de antibióticos e práticas para evitar resíduos.

Mais informações podem ser encontradas aqui.

A reportagem é da Drovers, com dados do NAHMS, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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