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Especialista critica ações do governo brasileiro

Para o cientista Daniel Nepstad, do Centro de Pesquisas Woods Hole, nos Estados Unidos, o uso das imagens de satélite produzidas pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) para medir o nível de desmatamento da floresta amazônica pode provocar uma "nova onda de anarquia".

Para o cientista Daniel Nepstad, do Centro de Pesquisas Woods Hole, nos Estados Unidos, o uso das imagens de satélite produzidas pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) para medir o nível de desmatamento da floresta amazônica pode provocar uma “nova onda de anarquia”.

Além disso, ele defendeu que as medidas propostas pelo governo para diminuir o desmatamento estão “erradas”.

Nepstad disse ao jornal britânico Financial Times que as imagens são imprecisas e só deveriam servir como base para verificação in loco do desmatamento em si. “Definir medidas do governo com base em dados tão incertos é simplesmente errado”, alfinetou.

“A qualidade dos dados e o tamanho do aumento (do desmatamento), se existir, não justificam as medidas punitivas, que terão criminalizado um setor no meio de uma grande experiência”, defendeu o especialista, referindo-se à moratória da soja, que levou comerciantes a parar de comprar soja colhida em áreas desmatadas desde 2006.

Segundo o jornal britânico, o governo vê a pressão sobre os fazendeiros como essencial para combater o desmatamento, mas para Nepstad, ela pode estar tendo o efeito contrário. “Se houver benefícios econômicos claros para aqueles que cumprirem a determinação no nível de 50%, o resultado poderia ser um declínio no desmatamento”, afirma Nepstad.

As informações são da BBC Brasil, com FT.

0 Comments

  1. Arthur R. Jerosch Filho disse:

    Talvez agora, com a idéia vinda de um gringo, o governo resolva abrir os olhos.

    A idéia de remunerar o dono da terra que é preservada, é quase tão antiga quanto o frenessi aloucado pela preservação ecológica. Todos queremos a preservação razoável, mas ninguém quer por a mão no bolso.

    A coisa é tão simples, meu Deus; Remunere o dono da terra convenientemente, que este será o maior guardião pela preservação. Mas deixar o prejuizo nas mãos do proprietário das terras, chega a ser desonesto.

  2. Marco Aurelio Alves Machado disse:

    O dito especialista Nepstad, deveria apresentar o custo da medida sugerida por ele, e creio que deveria ser estudado se isto nao seria enquadrado como um subsidio pelos paises importadores de nossos graos.

    Quanto ao fato de as imagens serem imprecisas, deveria ser escalrecido de que satelite qual sua resolucao, pois algumas tem fidelidade sim.

  3. Iria Maria Davanse Pieroni disse:

    O proprietário de terras esta sofrendo um verdadeiro confisco, à medida que paga pela terra e não pode usar.

    Para solucionar a questão financeira e preservar as áreas de APP´s e ARL ou reflorestar as que já foram desmatada, ter-se-á que remunerar o proprietário, que certamente terá o maior prazer em ser o guardião maior da floresta.

    Os benefícios econômicos, se claros e bem definidos, devem ser suportados por todos, em especial pelas ONG´s enolvidas com questão ambiental.

    Aí sim, vamos ver se todos estão mesmo interessados na preservação!

    Punir o proprietário de terras com multas que vão até R$ 5.000,00 o hectare; prisão; mais os custos com reflorestamento viola o princípio da igualdade, já que aos demais poluidores (lixo doméstico; carro; ar condicionado; geladeira; etc) nenhuma sanção será alicada.

    Assim, nada mais justo do que mexer no bolso de todos em benefício do proprietário de terras.

  4. wilson tarciso giembinsky disse:

    Tenho uma área de aproximadamente 600 hectares de cerrado que venho preservando e recuperando desde 1978.

    Quando a comprei era uma área de cerrado ralo e degradado por fogo colocado todo ano para pastejar a brotação. Deixei a vegetação nativa, protegi as veredas e conservei o solo fazendo que a água penetrasse nele, elevando o lençol freático e recuperando nascentes.

    O cerrado, antes ralo e praticamente inexistente se recuperou e ocupa a maior parte da área, com vegetação vigorosa e exuberante.

    Nas margens das veredas existe uma faixa de preservação de 180 a 200 metros, quando a obrigação legal aqui é de 80 metros.

    Nesta área além da flora há uma fauna rica e diversificada, oncinhas pardas, (que comem meus bezerros e carneiros) tatus, capivaras, veados, lobos, raposas, tamanduás, quatis, gambás, macacos, sagüis, lontras, lagartos, teiús, jacarés, sapos, rãs, pererecas, peixes diversos, sucuris, jibóias, cascavéis, corais, jaracussus, e diversas cobras não venenosas, emas, seriemas, perdizes, codornas, nambus, carcarás, papagaios, araras, tucanos, beija-flores, pica-paus, garças, quero-queros, curicacas, saracuras, e outras diversas aves, abelhas nativas e outros insetos.

    Há um gafanhoto campainha que nunca vi em outro local, canta parecendo um telefone, uma lagartixa (não é lagarto) que passa de 20 centímetros de comprimento.

    A vereda do Bimba que só existia na época das chuvas é perene a mais de 15 anos!

    Combatendo as erosões, construindo curvas de nível, bacias de contenção, recuperando a vegetação ciliar até 200 metros das margens e construindo pequenas barragens com sacrifício, dinheiro do próprio bolso e ajuda de alguns vizinhos, conseguimos torná-la perene, a ponto de já a usarem para irrigação via pivô central.

    No entanto para eu continuar produzir alimento barato e água pura como o presidente, os políticos e os urbanóides poluidores querem preciso tornar esta preservação economicamente viável, (vender créditos de carbono, vender cotas de preservação, vender arvores preservadas, vender produção de água pura, patrocínios de preservação, outros) ou vender a área.
    Tenho recebido propostas de pecuaristas, agricultores, madeireiros e usineiros, mas não gostaria de ver isto tudo que recuperei e preservei ser depredado, destruído.

    Já tentei créditos de carbono, ONGS preservacionistas, SOS cerrado, ambientalistas e nada! Até agora não obtive sucesso e cansei.

    Gente que só fala em preservar a área dos outros. Denuncia, mobiliza a opinião pública para obter apoio para suas denúncias, mas na hora de agir, de investir, de colocar o discurso em prática, na preservação, no que interessa. Nada.

    Quer água limpa para beber mas nunca bloqueou e recuperou uma erosão, nunca fez uma curva de nível, uma bacia de contenção, uma barraginha, nunca recuperou uma nascente, e nem sabe quanto custa tudo isto.

    Quer ar puro para respirar, reverter o efeito estufa, mas não preserva e nem paga para quem preserva, só fala, grita, acusa, quer que os outros preservem.
    Na hora de colocar o seu. Não coloca.

    Todos eles querem preservar o meio ambiente com o bolso dos outros, não dão nem uma mãozinha para preservar pelo menos a água potável para seus netos.

    Aceito sugestões, parcerias, idéias economicamente viáveis, de preferência a curto prazo, ou mesmo vender para quem continue a preservar. Interessa?

    Por que só o produtor rural preserva e paga por isto?

    Vamos fazer os proprietários urbanos também preservarem pelo menos 20% de seus lotes, ou que paguem aos proprietários rurais que preservam no município o equivalente a 20% de seus apartamentos, casas, lotes, industrias, comércios, ruas, calçadas, etc. no valor de mercado. E também, pelo lixo e esgoto que descartam, ar que respiram, pela água que bebem e pelo carbono que emitem e nós capturamos.

  5. wilson tarciso giembinsky disse:

    Como não coube tudo no quadro anterior….. continua aqui….

    Já tentei créditos de carbono, ONGS preservacionistas, SOS cerrado, ambientalistas e nada!
    Até agora não obtive sucesso e can$$ei…….
    Gente que só fala em preservar a área dos outros… Denuncia, mobiliza a opinião pública para obter apoio para suas denúncias mas na hora de agir, de investir, de colocar o discurso em prática, na preservação, no que interessa…. Nada.
    Quer água limpa para beber mas nunca bloqueou e recuperou uma erosão, nunca fez uma curva de nível, uma bacia de contenção, uma barraginha, nunca recuperou uma nascente….. e nem sabe quanto custa tudo isto.
    Quer ar puro para respirar, reverter o efeito estufa, mas não preserva e nem paga para quem preserva, só fala, grita, acusa, quer que os outros preservem.
    Na hora de colocar o $eu… Não coloca…

    Todos eles querem preservar o meio ambiente com o bol$o dos outros, não dão nem uma mãozinha pra preservar pelo menos a água potável para seus netos…

    Aceito sugestões, parcerias, idéias economicamente viáveis, de preferência a curto prazo, ou mesmo vender para quem continue a preservar…. Interessa?

    POR QUE SÓ O PRODUTOR RURAL PRESERVA E PAGA POR ISTO?!.
    VAMOS FAZER OS PROPRIETÁRIOS URBANOS TAMBÉM PRESERVAREM PELO MENOS 20% DE SEUS LOTES, OU QUE PAGUEM AOS PROPRIETÁRIOS RURAIS QUE PRESERVAM NO MUNICÍPIO O EQUIVALENTE A 20% DE SEUS APARTAMENTOS, CASAS, LOTES, INDUSTRIAS, COMÉRCIOS, RUAS, CALÇADAS, ETC… NO VALOR DE MERCADO.
    E TAMBÉM, PELO LIXO E ESGOTO QUE DESCARTAM, AR QUE RESPIRAM PELA ÁGUA QUE BEBEM E PELO CARBONO QUE EMITEM E NÓS CAPTURAMOS……

    Wilson Tarciso Giembinsky
    Fazenda WB Traíras
    Caixa postal 115
    38600-000 Paracatu MG
    38-9962 5440
    wbtrairas@yahoo.com.br

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