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Equipamento inédito que analisa qualidade da carne é criado pela Embrapa e startup de São Carlos

Um equipamento inédito desenvolvido pela Embrapa Instrumentação e a startup Fine Instrument Technology (FIT), de São Carlos (SP), analisa a qualidade da carne como os teores de gordura, água e proteína. O processo leva apenas um minuto.

A tecnologia de ressonância magnética nuclear da carne já está sendo utilizada em 23 países e já foi reconhecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do governo federal, e também pela Associação Internacional de Químicos Agrícolas Oficiais (AOAC).

“Nós fazemos aqui exatamente o que se faz num centro de análise em um hospital que faz ressonância magnética. A única diferença que tem no nosso aparelho para o de um hospital é que aqui nós não geramos a imagem, nós pegamos uma informação química”, explicou o pesquisador Luiz Alberto Colnago.

Aparelho desenvolvido pela Embrapa em parceria com startup de São Carlos analisa qualidade da carne — Foto: Paulinho Chiari/EPTV

Como funciona

Para saber a quantidade específica de cada componente na carne, é necessário pegar uma amostra e colocar dentro de um tubo, que vai para dentro da máquina. O resultado da análise sai em poucos segundos na tela de um computador.

“Um imã tem a função de magnetizar o material que está ali dentro. Nós mandamos um sinal de rádio para ele e as nossas amostras respondem com outro sinal de rádio e a intensidade desse sinal é proporcional a composição química da nossa amostra”, disse.

Aparelho desenvolvido pela Embrapa em parceria com startup de São Carlos analisa qualidade da carne — Foto: Paulinho Chiari/EPTV

A validação da técnica de ressonância magnética nuclear torna possível, por exemplo, uma lanchonete que tenha o equipamento saber exatamente a quantidade de gordura existente em um hambúrguer, o que garante a qualidade do que é vendido e também do que o consumidor está pagando.

“Como é uma medida rápida você pode fazer daquele lote e você tem um resultado preciso daquele produto que você está consumindo”, explicou a coordenadora do setor de aplicações da FIT, Cristina Consalter.

Comercialização
Cristina também explicou que o equipamento já é usado em vários setores do agronegócio brasileiro, como o de grãos.

O equipamento que pode ajudar a pecuária brasileira é uma evolução da ressonância magnética que era usada para analisar alimentos como frutas e industrializados.

O pesquisador da Embrapa acredita que com a análise por ressonância magnética da carne brasileira, a pecuária nacional poderá se destacar ainda mais no mundo todo.

“Praticamente, nós conseguimos determinar a concentração dos três principais componentes que tem na carne. A água, a gordura e também o teor de proteínas, tendo certeza da composição. Você pode começar a vender o produto com certificado de qualidade”, ressaltou Colnago.

Fonte: G1.

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