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Entenda como funciona o setor de foodservice na Austrália e como isso é importante para a pecuária de corte

A indústria australiana doméstica de foodservice é grande, diversa e está cada vez mais focado na indústria de carne bovina, segundo uma análise recente. A firma de pesquisa de negócios e previsões, BIS Shrapnel, sugeriu que existem atualmente cerca de 75.000 empresas de serviços alimentícios comerciais e institucionais na Austrália, cobrindo de tudo, desde restaurantes sofisticados até deliverys, bares, clubes e instituições, como hospitais, militares e cantinas de campos de mineração.

Os usuários institucionais são numericamente mais fortes, sendo responsáveis por cerca de 20.000 pontos, mas as redes de fast food, conhecidas dentro dos círculos comerciais como restaurantes de serviço rápido, são os próximos, com 16.300 lojas. Os restaurantes não estão muito atrás, com 15.400 negócios em toda a Austrália, seguidos por cafeterias (12.100), hotéis/motéis (4.000) e serviços de bufê (3.000). Na parte menor da escala estão as lanchonetes (2.400), clubes (1.500), salões de festas (1.500) e espaços esportivos, com 1.400 lojas em todo o país.

A BIS Foodservice em janeiro conduziu uma pesquisa por telefone com operadores de serviços alimentícios a pedido do Meat and Livestock Australia (MLA), em New South Wales, Queensland e Victoria. Embora o estudo tenha sido feito para uso do MLA e não represente todo o setor de foodservice, fornece algumas informações úteis sobre os padrões de demanda e onde podem estar as oportunidades para mais comércio de carne bovina.

Algo que surpreendeu é que, apesar de seu alto preço por quilo, o filé mignon continuou sendo o corte mais popular usado em serviços alimentícios, representando 41% de todas as vendas de carne bovina. Os tradicionais cortes, como filé de costela, contrafilé e alcatra foram os próximos, ocupando 38%, 37% e 32%, respectivamente. A carne moída ficou atrás, com 31%, seguida por T-bone (21%), silverside/topside como o primeiro corte de músculos secundário (19%), shin meat (9%) e peito (8%).

Os restaurantes dominaram a participação em valor dos usuários de carne de serviços alimentícios, sendo responsáveis por 40% de toda a carne bovina usada no setor. Isso foi mais que duas vezes a próxima categoria, os clubes (19% em valor), apesar de esses, pela natureza de sua dimensão, terem representado uma participação bem maior quando medido em volume.

A participação em valor do segmento de hotéis/motéis foi de 14%, seguido por lanchonetes (10%), cafés (surpreendentemente menos de 9%, apesar de sua população numericamente alta) e serviços de bufê/salões de festa (8%).

A carne bovina foi a proteína mais popular usada em estabelecimentos de serviços alimentícios pesquisados pelo BIS/MLA, representando 39% de todas as vendas de carnes. A carne de cordeiro foi a próxima, com 34%, seguida por frango (17%) e carne suína (10%).

O MLA disse que o mercado doméstico de carne bovina para serviços alimentícios, particularmente na extremidade superior, foi lento na maior parte dos últimos cinco anos, começando com a redução dos gastos das famílias em 2007 (devido aos aumentos com outros custos familiares) e ao impacto sobre a confiança dos consumidores da crise financeira global na segunda metade de 2008.

Durante os próximos cinco anos, a utilização deverá se expandir lentamente, impulsionada pelas crescentes ofertas de carne bovina, crescimento populacional e certa recuperação na economia, confiança dos consumidores e gastos.

Comentário BeefPoint: o setor de foodservice (empresas que servem comida pronta) vem tendo grande crescimento no Brasil e em todo mundo. A medida que as pessoas comem mais fora de casa, esse setor cresce. É um dos maiores potenciais para crescer as vendas de carne bovina, mas precisa ser bem estudado. Restaurantes de todos os tipos (do mais luxuoso ao restaurante coletivo de uma fábrica) precisam de produtos padronizados em tamanho, qualidade, e não podem levar sustos no preço dos produtos. Lembrando que a carne bovina é o produto mais procurado e pedido, e também o que representa maior custo.

A reportagem é do Beefcentral.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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