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Empresária investe em butique de carne em MG

Após trabalhar durante 13 anos em uma das principais indústrias alimentícias do País, a Sadia, a empresária Magda Cardoso investe no próprio negócio com a montagem da butique da carne “Ao Ponto”. Instalada no shopping de conveniência Stop Center, na região de Nova Lima, em Belo Horizonte, a unidade consumiu aporte da ordem de R$ 110 mil e, desde a abertura em dezembro passado, registra um faturamento mensal de R$ 28,2 mil, 60% da meta estimada para ser alcançada a partir do segundo semestre deste ano.

O projeto independente surgiu um ano depois da bem sucedida experiência no ramo de representação de carnes nos segmentos bovino, suíno e de aves. “Saí da Sadia em 2000, juntamente com três colegas de trabalho, para montar a distribuidora”, diz Magda, que atuou na Sadia como gerente comercial do varejo da filial de Belo Horizonte.

A experiência no setor varejista levou a empresária a buscar um conceito de revenda de carnes consolidado no eixo Rio-São Paulo, mas que ainda não foi absorvido pelo mercado mineiro. Na visão de Magda, as tentativas mal sucedidas de outros empreendedores neste ramo, em Belo Horizonte, são resultado da falta de planejamento estratégico na escolha da localização do ponto e perfil do consumidor a ser atingido.

“Nas áreas comerciais, por exemplo, este tipo de negócio não funciona porque concorre diretamente com as grandes redes de supermercados”, argumenta. Instalada em uma região cercada por condomínios residenciais, a Ao Ponto tem como público-alvo consumidores de poder aquisitivo alto, sendo, na maioria, empresários ou gourmets que valorizam a procedência da carne, além de um corte diferenciado.

“A maior parte associa a preparação de um prato a um momento de lazer e, por isso, não se importa com o valor do produto e sim com a qualidade”, comenta. Apesar de revender carnes a preços compatíveis com o mercado, o diferencial da Ao Ponto é a variedade do mix de itens ofertados, composto por carnes exóticas como javali e cordeiro, aves, peixes e frutos do mar.

Segundo a empresária, os preços dos 540 itens que integram o mix de produtos da butique variam de acordo com o fornecedor. O quilo do filé mignon da indústria mineira Quality, por exemplo, custa na loja cerca de R$ 14,8 enquanto o da Friboi, sediada no Mato Grosso, é vendido a R$ 19,8. “Todas as carnes têm selo de qualidade e são embaladas a vácuo”, ressalta.

A empresa também conta com distribuidoras paulistas para o fornecimento de carnes exóticas, além da parceria com duas empresas mineiras, sendo a Classe A especializada em peixes e frutos do mar e a Companhia das Ervas em temperos. “O cliente tem a opção de receber na residência a carne temperada por intermédio do nosso sistema de delivery”, informa.

A partir do segundo semestre, a meta é expandir os serviços de delivery com o fornecimento do produto pronto: carne assada. Outro atrativo da butique é que o corte na carne pode ser realizado na hora da compra, “de acordo com a necessidade do consumidor”. Com 46 metros quadrados de área física, a loja possui uma área climatizada específica para o corte.

Dos R$ 110 mil investidos, cerca de R$ 15 mil foram aplicados na informatização do negócio. “A possibilidade de erro é bem menor”, explica a empresária que, mesmo com a abertura da butique, manteve o negócio paralelo no ramo de representação, “o que nos dá melhor poder de barganha na hora de negociar com o fornecedor e repassar o custo do produto ao consumidor final”.

Fonte: Gazeta Mercantil (por Christine Salomão), adaptado por Equipe BeefPoint

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