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Emissões de gases de efeito estufa na pecuária são medidas no Pantanal

Quanto metano emite um bovino no Pantanal do Brasil? Essa é uma das questões que o Pecus Pantanal, subprojeto que integra a Rede Pecus de pesquisa, busca responder. De acordo com Ana Marozzi Fernandes, pesquisadora da Embrapa Pantanal que coordena a iniciativa no bioma, a equipe já tem resultados preliminares sobre a emissão de gases de efeito estufa (GEE) no ambiente e na pecuária pantaneira.

embrapapantanal

“As medições revelam que as nossas emissões são muito menores do que aquilo que os padrões internacionais preconizam, até no Pantanal. Os bovinos nessa região se alimentam de pastagens de menor qualidade nutritiva em relação às pastagens cultivadas e exóticas dos outros biomas e não têm uma dieta com introdução de alimentos como grãos, que diminuiriam a emissão. Mesmo assim, eles ainda têm uma emissão muito semelhante àquela que se observa no restante do Cerrado, por exemplo”.

De acordo com Ana, a equipe investiga, agora, os fatores que podem influenciar essa situação, como o porte dos animais (que são geralmente menores que os de outras regiões do país) ou adaptações genéticas ao ambiente. Outra conclusão da equipe de pesquisa diz respeito à produção de metano pelo próprio ambiente pantaneiro – o gás é emitido naturalmente por solos alagados, com pouco oxigênio, como os do bioma na época das cheias. “Os dados que a gente obteve indicam que é muito provável que exista um equilíbrio. Ou seja: quando os solos estão encharcados, eles emitem metano. Quando eles secam, eles absorvem esse gás”, afirma a pesquisadora. O projeto – que teve início em 2011 – deve terminar em junho do ano que vem.

Fonte: Embrapa, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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