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Emergentes e desenvolvidos temem crise a longo prazo

As oscilações do câmbio provavelmente terão implicações de longo prazo para economias desenvolvidas e emergentes. Tanto o dólar como o iene (moeda japonesa) dispararam em relação a quase todas as outras moedas no último mês, quando os investidores se convenceram de que uma recessão mundial era iminente.

As oscilações do câmbio provavelmente terão implicações de longo prazo para economias desenvolvidas e emergentes. Tanto o dólar como o iene (moeda japonesa) dispararam em relação a quase todas as outras moedas no último mês, quando os investidores se convenceram de que uma recessão mundial era iminente.

O dólar aumentou 16% em relação ao euro, 24% sobre o peso mexicano e o real e 9% sobre o rublo e, na sexta-feira (24), chegou ao seu valor mais alto em relação à rupia indiana. A valorização pôs fim a dois anos e meio de fraqueza do dólar, segundo um índice do Federal Reserve, o banco central americano, que mede sua moeda em relação a outras 26. O iene teve aumento ainda maior, a ponto de, na sexta-feira (24), o dólar, apesar da sua valorização, chegar ao nível mais baixo em 13 anos em relação à moeda japonesa.

A profunda desvalorização das moedas em mercados emergentes ameaça desestabilizar mercados e economias, reprisando crises cambiais da década passada. Para mercados emergentes, as quedas rápidas no câmbio têm “causado muitos problemas”, diz Richard Clarida, consultor de economia mundial da Pacific Investment Management Co. e professor da Universidade Columbia. “Elas acabam prejudicando a confiança nos mercados e causando um problema de inflação.”

Para combater essas mudanças, o Brasil, o México, a Rússia e a Índia baixaram suas reservas, coletivamente, em mais de US$ 75 bilhões desde o fim de setembro, vendendo dólares para proteger suas moedas, segundo Win Tin, da Brown Brothers Harriman.

No mundo desenvolvido, as grandes quedas do euro e da libra esterlina dão sinais de que os investidores acreditam em grandes desacelerações econômicas pela frente e que os bancos centrais possivelmente vão cortar os juros. Durante anos, alguns economistas alertaram que o dólar poderia cair, principalmente numa crise financeira, porque investidores estrangeiros têm muitos ativos em dólar, como títulos do Tesouro dos EUA ou de dívida lançados pelas financiadoras de hipoteca Fannie Mae e Freddie Mac.

Por enquanto, o maior problema para multinacionais e exportadores americanos é uma grande baixa na demanda global. “As exportações do EUA vão cair não porque o dólar está mais forte, mas porque ninguém está comprando nada”, diz Mark Farrington, diretor de câmbio da Principal Global Investors em Londres.

As informações são do jornal Valor Econômico, adaptadas e resumidas pela Equipe AgriPoint.

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