Marfrig: Bank of America revisa para cima perspectiva para as ações da empresa
2 de outubro de 2012
Embrapa lança 1º Sumário de Avaliação Genômica de touros
2 de outubro de 2012

Embrapa terá investigação interna sobre operações internacionais

Anunciada no início de 2011, a Embrapa Internacional, oficialmente, ainda não saiu do papel, mas fontes ligadas à estatal afirmam que ela é praticamente independente, inclusive com autonomia para captar recursos de fontes como Banco Mundial (Bird), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), além de agências de fomento como a Fundação Bill & Melinda Gates.

A Embrapa vai iniciar ainda neste mês uma sindicância interna para investigar a figura jurídica e as operações de seu novo braço de atuação no exterior. Estão principalmente nesta frente os problemas ou divergências que levaram à saída de Pedro Arraes da presidência da empresa, medida que deverá ser confirmada hoje (02) com a publicação de sua exoneração no Diário Oficial.

Anunciada no início de 2011, a Embrapa Internacional, oficialmente, ainda não saiu do papel, mas fontes ligadas à estatal afirmam que ela é praticamente independente, inclusive com autonomia para captar recursos de fontes como Banco Mundial (Bird), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), além de agências de fomento como a Fundação Bill & Melinda Gates.

Apesar de a investigação ainda não ter começado, opositores de Arraes na Embrapa afirmam que algumas parcerias com empresas em outros países foram firmadas mesmo sem o início formal dos trabalhos do braço internacional. Com isso, dizem, operações financeiras que deveriam ser realizadas em contas da estatal no Brasil foram conduzidas por meio de bancos no exterior. A investigação interna vai avaliar se de fato foram feitas essas operações, se houve perdas financeiras por isso e se algum estágio do processo de criação da Embrapa Internacional será revisto. A ideia era que a divisão tivesse uma diretoria independente.

Os apoiadores de Arraes na Embrapa, em contrapartida, afirmam que o governo decidiu penalizar a “insubordinação” do presidente da empresa, que divergia da cúpula do Ministério da Agricultura sobre a gestão de suas operações internacionais. Essa ala diz que Arraes defendia uma atuação descentralizada e ágil, enquanto o ministério fazia questão de controlar cada passo das ações.

Reconduzido ao cargo em 16 de agosto para seu segundo mandato, Arraes foi trazido às pressas dos EUA para uma reunião com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, quando foi informado da decisão de tirá-lo da presidência, posição que ocupa desde 7 de julho de 2009. Geneticista, ele era chefe-geral da Embrapa Arroz e Feijão e assumiu o cargo em meio a um embate político. Em março de 2009, o físico Sílvio Crestana pediu afastamento do cargo e oito nomes foram inicialmente selecionados. Após lobbies nos bastidores, na lista tríplice enviada para a escolha do então presidente Lula o geneticista Arraes, primo do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), já era o favorito.

O comando da Embrapa será assumido, interinamente, pela diretora-executiva de Administração e Finanças, Vania Beatriz Castiglioni, que é capixaba e está na estatal desde 1989. Ela é engenheira agrônoma pela Universidade Federal do Espírito Santo. Outro nome forte para assumir a estatal é do o pesquisador mineiro e diretor-executivo de Pesquisa & Desenvolvimento, Mauricio Antônio Lopes. Engenheiro agrônomo pela Universidade Federal de Viçosa (MG), Lopes tem mestrado e doutorado nos EUA e pós-doutorado na Itália.

Fonte: jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Leia notícia relacionada:

Embrapa: Arraes deixa presidência

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress