Atacado – 07-12-2012
7 de dezembro de 2012
Agente causador da EEB pode ser resultado de mutação aleatória, fato comum e inofensivo explica o DSA/MAPA
7 de dezembro de 2012

Em nota técnica (e entrevista em vídeo), ABIEC esclarece que não existe caso de vaca louca no país

 

“A respeito das notícias em circulação sobre uma suposta ocorrência de EEB no Brasil, a ABIEC, Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes, esclarece que:

1. O Brasil não tem ocorrência de Encefalopatia Espongiforme Bovina, o mal da vaca louca.

2. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil se pronunciou hoje (07/12) sobre um achado priônico em uma vaca morta em 2010 no estado do Paraná. Após análises feitas pelos laboratórios nacionais, a amostra do material coletado neste animal foi enviada a laboratório de referência na Inglaterra. Nesta amostra foi detectada a presença do príon.

3. É uma ocorrência atípica ou “não clássica”,  já que o animal não manifestou a doença e não morreu em decorrência dela. O que foi detectado é que ele possuía o agente causador da doença apenas.

4. Desde o surgimento da enfermidade na Europa, o MAPA trabalha em todas as frentes necessárias para impedir a entrada de BSE no Brasil:

  • Controle da importação de animais, seus produtos e sub‐produtos;
  • Controle de produtos utilizados na alimentação animal;
  • Vigilância epidemiológica na população de risco;
  • Controle de MRE (Material de Risco Especificado) na indústria.

5. O achado indica a eficiência e transparência dos órgãos de defesa e vigilância sanitária do país.

6. A OIE, organismo internacional de sanidade animal não irá retirar a classificação de risco negligenciável do país para a EEB, o que comprova que o achado não é um caso de vaca louca, e que portanto não podem haver embargos ou restrições às exportações brasileiras.

7. Qualquer restrição comercial poderá ser contestada pelo país junto a organismos internacionais.

8. O animal a que se refere o achado não foi abatido para consumo humano e nunca entrou na cadeia alimentar. O achado não representa um risco para a saúde dos consumidores brasileiros ou dos países que importam carne do Brasil.

9. A carne e leite bovinos são considerados pela OIE como alimentos seguros, ou seja, totalmente isentos de risco para a população humana, mesmo quando da ocorrência de casos típicos da enfermidade em um país, o que não é o caso.

São Paulo, 07/12/2012, ABIEC”


Fonte: ABIEC

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MAPA publica nota de esclarecimento sobre EEB no Paraná

3 Comments

  1. osmar pereira da fe disse:

    é possivel o risco desta doença,pois não existe controle,é comum em todas as estradas,transito de materiais destinados a graxaria.(despojos)em caminhões abertos,com os materiais caindo na estrada.ou não existe isto?

  2. Ricardo Araújo disse:

    Pelo pouco que conheço da doença, creio que o príon deva ser ingerido para que haja contaminação. Então, ao menos que algum animal importado, seus produtos ou subprodutos sejam destinados ao consumo, não existe o risco da doença. Trabalhei por anos com animais importados e o mapeamento dos mesmos pelo ministério sempre foi muito rigoroso e bem feito.

  3. Ronaldo Carvalho Santos disse:

    O trato com questões como Diplomacia, Segurança Nacional (incluso alimentar) e Saúde Pública necessita portavozes sejam legalmente aptos a se manifestar e que pessoas e entidades, estejam legalmente autorizadas a discorrer sobre eventos tal forma que não haja riscos da informação causar pânico na população e prejuízos à economia como um todo , aliando ao descredito nas instituições governamentais.

    A Encefalite vem demonstrar a ineficiencia na gestão, que permite intromissão de pessoas despreparadas sem formação profissional adequada, opinando sofre assuntos que serìssimos , se remetem à Infectologia Veterinária com interface na Infectolologia Humana.Dá conotação de que ,em tese , poderia se configurar até crime contra a Economia e Saúde Pública. Então os riscos de punição aos menos avisados,se acionadas os Ministérios Públicos.

    Em Saúde Pública as decisões devem ser rápidas e tecnicamente embasadas, sem os palpites, sem os “pelo que eu conheço”, talvez, poderia etc…

    Em saúde o palpite, o talvez e, a tomada de decisão procrastinada podem levar a riscos como o que enfrentamos por se ter negligenciado e levado dois anos para fechar diagnóstico. Precisamos urgentemente mudanças.

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