Oito meses após a retomada dos embarques de carne bovina à China, o país asiático assumiu a posição de principal destino das exportações brasileiras do produto.
De junho de 2015, quando os embarques foram retomados, a janeiro deste ano, os chineses compraram US$ 517 milhões em carne bovina do Brasil, o equivalente a 16% da receita proveniente com as exportações do produto, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento.
A velocidade do crescimento das exportações para a China não surpreende, considerando a dimensão do mercado. Mas, logo que o país asiático autorizou a retomada das importações, analistas apostavam em uma lenta recuperação –os negócios estavam suspensos desde 2012, devido a um caso atípico do mal da vaca louca no Paraná. Na época, a China representava cerca de 1% dos embarques de carne brasileira. Atualmente, 16 frigoríficos podem exportar para China.
A principal explicação para a rápida ascensão da China na balança de carne brasileira é a crise em tradicionais compradores do produto, como a Rússia e a Venezuela, e o embargo da Arábia Saudita, que chegou ao fim apenas em novembro. Com economias altamente dependentes do óleo, esses importadores ficaram mais pobres e frearam as compras.
Fonte: Folha de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.