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Em 10 meses de recria, projeto “Zebu, carne de qualidade” alcança marca de 38,22 arrobas por hectare

Na conclusão de mais uma etapa do projeto “Zebu, carne de qualidade”, desenvolvido pela Premix em parceria com a ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), os resultados novamente superaram as expectativas, pela qualidade genética dos animais e, principalmente, pelos protocolos de suplementação utilizados. Na fase de recria, nos períodos de seca e águas, foram produzidas 38,22 arrobas por hectare, em 10 meses.

O experimento foi realizado em sistema de pastagem na Fazenda Experimental da ABCZ – Orestes Prata Tibery Júnior, localizada no município de Uberaba (MG), com um lote de 105 bezerros, com idade média de 8 meses e 246 kg de peso médio, doados por criadores de 11 estados brasileiros.

O projeto tem como objetivo avaliar o potencial da raça Nelore quanto ao desempenho técnico, econômico e de qualidade da carne dentro de um sistema de produção eficiente, cuja premissa é a sustentabilidade. O trabalho é desenvolvido em três etapas: pastagem, confinamento e abate técnico.

Na etapa de suplementação a pasto, no período de seca, encerrada no final de outubro de 2020, os animais foram suplementados durante 140 dias com o proteico energético PSAI Seca com Fator P, aditivo 100% natural da Premix, via Protocolo R30. O resultado foi um aumento do peso médio corporal de 246 kg para 340 kg, evolução corporal relativa ao peso inicial de 38,2%, acumulando 16,21 @/ha e ganho médio diário por animal de 667 gramas.

Já na fase das águas, seguindo o Protocolo R30, o rebanho foi suplementado com o PSAI Águas com o adtitivo Fator P. Como resultado, os animais alcançaram 424 kg de peso médio corporal, uma evolução de 178 kg (evolução relativa de 72,3%) desde o início do projeto, há 10 meses. No mesmo período, foram produzidas 38,22 arrobas por hectare, considerando a área utilizada para produção de silagem.

Gráfico 1 – Arrobas acumuladas por hectare de pasto, não considerando área de produção de silagens

O Protocolo R30 foi desenvolvido pela Premix e tem como objetivo aumentar a produtividade durante o período de recria de maneira segura e rentável ao produtor, partindo do princípio de se manter a produtividade ao longo do ano, produzindo pelo menos 30@/ha/ano durante o período de recria.

Os animais do projeto foram recriados no sistema de pastejo rotacionado, em área de 20,3 hectares dividida em 8 piquetes formados com capim Brachiaria brizantha cv. BRS Paiaguás. Nas áreas de pastagem estavam disponíveis 5 m² de sombra, além de praça de alimentação, cochos para suplementação e bebedouro.

Além da forragem oriunda da pastagem, no periodo de seca, os animais receberam silagem de milho (1% do peso corporal) para garantir a lotação por área e suplementação proteico energética feita com o PSAI Seca (0,5% do peso corporal). Durante o período das águas os bovinos tiveram acesso a pastagem e suplementação proteico energética PSAI Águas Com Fator P (0,4% do peso corporal).

Gráfico 2 – Arrobas acumuladas por hectare, considerando áreas de pastagens e silagem

De acordo com o pesquisador da EPAMIG (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais) e membro da equipe técnica do projeto, Leonardo de Oliveira Fernandes, foi possível verificar o potencial genético dos animais através do ganho de peso médio nas avaliações. “Esse ganho proporcionou produção de 38,22@/ha, resultado fantástico, superando as médias de ganho anual verificados na pecuária brasileira. O resultado é fruto de uma genética adequada, da forrageira utilizada, do manejo de pastagens  e da suplementação estratégica com produtos de qualidade da Premix”, salienta.

Para o gerente de Melhoramento Pró Genética da ABCZ, Lauro Fraga Almeida, o ganho médio de peso nos períodos de seca e águas também garantiu uma previsibilidade por conta da genética de qualidade, da mineralização e da boa alimentação. “Com tudo isso, foi possível prever o potencial de ganho e ter segurança no investimento. O Protocolo R30 nos permitiu prever o que queríamos e alcançamos este objetivo, uma vez que vamos abater esses animais entre 21 e 22 meses com 22 arrobas de peso de carcaça. Essa é a grande vitória que teremos no final”, ressalta.

André Pastori D’Aurea, coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovaçao (P,D&I) da Premix, destaca outro princípio importante do Protocolo R30: a utilização de unidades produtivas. “Cada uma dessas unidades representa um animal, sendo o foco de produção arrobas por hectare por ano. Assim, os ganhos por hectare são a consequência dos ganhos individuais somados”, comenta.

Segundo Lauriston Bertelli Fernandes, diretor de P,D&I da Premix, a finalidade do projeto foi recriar os animais para expressarem o máximo de seu potencial genético, imprimindo conformação e estrutura corporal, sendo o manejo nutricional o principal influenciador. “Com a variação na quantidade e qualidade das forragens ao longo do ano, as estratégias de suplementação são as principais ferramentas para influenciar nos índices produtivos e econômicos da propriedade”, explica.

Bertelli destaca ainda que o manejo de pasto é muito importante para o sucesso do Protocolo R30, sendo que a referência é a quantidade e a qualidade das folhas disponíveis. “Os bovinos consomem preferencialmente 2/3 iniciais da folha onde estão concentrados a maior parte dos nutrientes disponíveis. Desta forma, correção do solo, adubação nitrogenada e manejo de pasto são ferramentas fundamentais para início do protocolo de produção adensado”, finaliza.

No dia 17 de março, os animais entraram em confinamento, onde ficarão por 84 dias participando de um teste de ganho de peso para a medição do consumo alimentar residual (CAR). Foram 28 dias de adaptação da dieta e mais 56 dias de prova efetiva. Ao final, serão mensurados o ganho de peso, o consumo alimentar residual e a ultrassonografia de carcaça, para medir a área de olho de lombo e o acabamento, tanto na 13ª costela quanto na picanha, finalizando com o abate técnico para ratificar a carne de qualidade.

Fonte: O Presente Rural.

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