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Donos da JBS assumem ônus do acordo de leniência

O mercado reagiu positivamente ao acordo de leniência fechado pelo Ministério Público Federal com a J&F, holding da família Batista que controla a JBS. Como a multa, de R$ 10,3 bilhões, será paga no prazo de 25 anos exclusivamente pela J&F, a JBS ficou livre desse ônus. Suas ações subiram 9,05% na B3, a maior valorização de ontem do Ibovespa.

A JBS ganhou R$ 1,8 bilhão em valor de mercado e, embora não tenha se recuperado das perdas acumuladas desde 17 de maio, quando a delação premiada dos irmãos Batista veio a público, as reduziu de R$ 9,6 bilhões para R$ 3,9 bilhões.

Com a definição da multa, a maior do mundo para violações a leis anticorrupção, o MPF tenta combater a percepção na sociedade de uma “superpremiação” concedida à pessoa física dos irmãos Batista em troca da delação. Mas o prazo dilatado de 25 anos para pagamento e correção pelo IPCA, sem juros, tornam as condições para o grupo mais favoráveis do que as pretendidas inicialmente pelo MPF.

A J&F obteve desconto de quase R$ 4 bilhões, em valor presente, no total a pagar no acordo. O MPF pediu R$ 10,99 bilhões, parcelados em 13 anos e correção pela Selic. O grupo propôs R$ 8 bilhões, com prazo mais longo e outro índice de correção. O acordo saiu, a valor presente, ao custo aproximado de R$ 7,2 bilhões.

Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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